Objetiva, mas bem resolvida.
Eu sou mesmo o cumulo da objetividade em alguns
aspectos. Nunca levei um fora, mas já tomei algumas decisões tristes,
justamente porque, como qualquer pessoa no mundo, já me apaixonei por quem não valia
a pena.
Quando a gente é jovem, nem sempre pensa antes de
se deixar envolver por alguém. Pois bem, apesar disso nunca compreendi o que se
passa na cabeça de quem toma um pé na bunda e fica correndo atrás, se judiando,
chorando, sofrendo como se o sujeito fosse o ultimo da face da terra.
Ou, sendo objetiva (como de costume), supomos que
ele realmente seja o ultimo homem do mundo: Fia, ele não te quis! Pronto,
aceite e siga adiante! Fique com quem te quer e se quem te quer for
insuportável, fique só, mas, por favor, não mendigue afeto, não se aceite chorando
pelo desprezo alheio, porque isso é, nada mais, nada menos, do que um atestado
de autodesprezo. E nunca ninguém nesse mundo irá lhe valorizar se você não o
fizer primeiro.
Viaje, procure um psicanalista, em ultimo caso, um
psiquiatra, tome e leia o necessário, se encontre, se ame, não serão as suas
lágrimas e as suas ligações que irão fazer o outro lhe amar, pelo contrário! A gente
se anoja de quem insiste. Se ame e ponto final! Dê a si mesmo o amor que não recebeu
do outro e nunca mais irá precisar chorar por pessoa alguma no mundo.
Supere, siga adiante, mude o foco! O mundo é muito
grande e a vida é muito curta para se desperdiçar sorrisos e momentos sofrendo
por quem, pura e simplesmente, se lhe quisesse, estaria com você. Veja o óbvio,
se imbua de asco, de orgulho, vire a página, não olhe para o que passou se “o
que passou” quis lhe deixar de lado!
E não, não pense que eu sou insensível, porque se
existe algo que eu tenho é sensibilidade, acontece que as pessoas costumam
confundir tolice com sensibilidade. Enquanto eu amo e sou amada, sou toda coração,
toda alma, quando sou ferida em meu saudável orgulho e autoestima, então eu
tomo decisões.
E nessa eventual decisão eu escolho a mim e sigo
adiante com quem nunca irá me abandonar: eu mesma. Não seja tolo, se você não se
ama, você não é sensível, você é perdido, afetivamente miserável e fraco. Só isso.
Chega de confundir fraqueza e autoestima frágil (quiçá inexistente) com
sensibilidade. Quem se ama sabe o que merece e não se contenta com pouco,
simples assim.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 02 de dezembro de 2014.
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