Pequena crônica sobre a pequenez das implicâncias
femininas.
Quando uma pessoa “antipatiza” pela outra sem
motivo, minha mente remete simplesmente à inveja. Sim, às vezes nosso “santo”
não bate com o de outra pessoa, mas se não tivemos ou nos demos a oportunidade
de conhecê-la, de saber sua história e, ainda assim, falamos mal dela e
desmerecemos seus méritos, somos não apenas implicantes, mas invejosos.
Inveja da aparência, inveja da forma de ser e
pensar, inveja da posição socioeconômica, inveja da inteligência ou da postura.
De regra as pessoas invejam o que acham que não podem ter, a realização pessoal
no caso de pessoas frustradas, a inteligência e cultura no caso das que não as
têm.
Todavia, não raras vezes as pessoas se implicam com
o que o outro tem, como age, como se veste, como fala ou até como caminha para
justificar a sua implicância tola. E é aí que elas demonstram a sua vileza, as
suas características mais pérfidas, enfim.
Logo, não me venha com o “não gostar” de alguém sem
saber me dizer o “porque”, pois se você não tiver algo concreto para me dizer,
algum mal sofrido, por exemplo, então você é só mais uma pessoa frustrada e
invejosa.
Existe algo em que as mulheres, em sua grande
maioria, são especialistas. Na verdade, não raras vezes, eu creio que, se o demônio
existe, ele habita no interior das mulheres recalcadas, pelo que costumo ver e
ouvir com frequência.
Homens invejam o dinheiro e o poder dos outros homens,
homens invejam o outro por quão bem sucedido ele é. As mulheres, no entanto,
por mais inteligentes ou ricas que sejam, costumam desprezar a outra mulher se acharem-na
bela. Mulheres bonitas costumam ser, em sua imensa maioria, odiadas
imotivadamente pelas outras.
Certo é que essas “outras” encontram mil “desculpas”
para o desprezo que injusta e vergonhosamente nutrem pela outra que conhecem
numa escala de “superficial” a “inexistente”. É a antipatia, que na verdade não
há, é o ser “burguês”, é uma arrogância que sequer existe, é o humor que nem
ruim chega a ser.
O maior motivo que faz uma mulher criticar,
desprezar e tripudiar da outra, é a sua beleza, a sua elegância, o seu charme. Como
que, por instinto, elas percebem a “concorrência”, o quadril, a bunda, os
seios, os lábios, o nariz, o charme, a postura, o sorriso, a alegria. Nove em
dez mulheres desprezam outra mulher bonita. E, podendo, acham uma desculpa para
tripudiar de sua personalidade, de seu jeito de ser, pensar, sentir e agir.
Logo, não raras vezes, ser bonita, inteligente e,
sobretudo, magra ou “gostosa” (no linguajar masculino), não combina com ter
amizades leais, não combina com o usufruir de “criticas” e “julgamentos”
justos. Mulher sem autoestima, problemática e mal amada que se preze, não suporta
ver outra bonita, elegante e, sobretudo, feliz! Essa é a vida, aceite-a,
conserve os raríssimos, mas bons amigos ou se sujeite a ser uma infeliz vitima
da falsidade alheia!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 18 de dezembro de 2014.
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