Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sarcasmo vital.

Sarcasmo vital.

A vida não é cruel meu amigo, ela é logica. Assim como ela requer bondade, ela requer inteligência, raciocínio e racionalidade. Nenhum ato estupido passa impune na nossa trajetória. Nossas escolhas idiotas, nossos atos impensados, a falta de racionalidade com que agimos quando emoções acaloram nosso animo e nos impedem de pensar direito, absolutamente tudo isso um dia nos será cobrado.
Tem quem chame de justiça divina, tem quem chame de lei da ação e reação, tem quem chame de purgação de pecados, eu chamo de “sarcasmo vital”, um derivado tragicômico da lei da causa e efeito: nenhum ato estupido é perdoado pela vida.
Hoje você esquece, amanha ela vem e te joga na cara que você agiu achando que estava sendo esperto, que foi demasiado confiante, quando, na verdade, careceu de autocritica, esperteza, racionalidade e inteligência. Sabe o sujeito que fala e faz estupidez e se acha o máximo? Pois é, ainda que ele não saiba, a vida virá e fará dele o mínimo.
Sabe a critica alheia, as “más línguas”? Às vezes elas falam maldades difamatórias, às vezes elas falam verdades mesmo, e, o que é pior, espalham! Logo, se achar esperto não é nada, ou você age com racionalidade e inteligência, ou, lamento, você vai se ferrar logo, logo.
Outro dia uma amiga, bastante jovem, contava as peripécias afetivas de um amigo dela que tem o tradicional “dedo podre” para parceiras. Dentre tantas meninas o “coitado” só escolhe as pseudosantas, as piriguetes, na real.
Dedo podre meu amigo, é uma coisa, a mão inteira, ah, daí já é tolice! E eu não tenho pena de gente burra em suas escolhas, sabe por quê? Porque em pleno século XXI ninguém é totalmente inocente ou, se for, se mesmo após duas escolhas erradas a pessoa não aprendeu o que deve observar no outro, então ela é culpada pelas próprias mazelas. Por ser irracional, por ser burra, enfim.
Todos nós estamos sujeitos a engôdos, a ilusões, agora, passar anos fazendo escolhas ruins demonstra um problema intimo de quem escolhe, não dos escolhidos. Eu não tenho pena de quem, podendo escolher melhor, podendo pensar e analisar insiste em se apaixonar pelo inço e não pela planta saudável.
A vida não nos poupa dos efeitos de nenhuma escolha impensada e besta, pelo contrário, se analisarmos bem, cada lágrima que viemos a derramar, cada decepção que tomamos, foi culpa de nossa ausência de racionalidade. A vida vem, pois, um dia, e nos diz: “Se fosse para você não pensar, andaria de quatro. Seria um cão, um gato. É humano! Não pensou, agora sofra.”

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 02 de dezembro de 2014.

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