Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 28 de dezembro de 2014

Hedonista sim, com "sua" licença Sr. Nobre.


Hedonista sim, com "sua" licença Sr. Nobre.

Estou vivendo uma fase desavergonhadamente hedonista. Não tenho como único objetivo de vida o prazer, mas, francamente, também não deixo de querer senti-lo. Não sou obrigada a tolerar o que me faz mal para agradar aos outros, não sou obrigada a fingir que gosto do que e de quem não gosto para parecer “querida”.
Eu quero é risos, sorrisos, gargalhadas, não me venha com cara amarrada, porque eu tenho problemas suficientemente robustos para dispensar gente de humor ruim. Faço o que quero, porque quero e, sobretudo, porque gosto.
Assisto aos filmes que me dão prazer, leio os livros que me dão prazer, como o que me dá prazer, bebo o que me dá prazer e converso com quem me faz bem. Não estou com a mínima vontade de erguer peso na academia, fazer dieta ou correr, portanto, não corro, não malho e nem me privo do que é saboroso.
Ando muito cansada mentalmente para ter que fazer algum esforço, ainda que o objetivo seja nobre. Estou naquela fase da vida em que preferiria fazer lipoaspiração e comer menos a me enfurnar numa academia e malhar.
Errada? Sim, mas vivo esta fase “anti esforço físico” e a respeito. Enfim, respeito até minha vileza, porque eu mereço! Para aprimorar o intelecto eu leio, estudo, faço o necessário. Por quê? Porque isso me dá prazer! E só faço quando quero, sem obrigação.
Suar que nem uma louca ou passar fome eu não quero, não me obrigo. Se eu preciso cuidar mais do corpo? Olha, sinceramente, eu não sei. Precisar não é a palavra, afinal eu preciso de dinheiro, para poder viver bem e viajar, preciso de comida, preciso de oxigênio, preciso do meu trabalho, preciso do meu amor próprio, cuidar do corpo é o ônus do bônus da beleza e da saúde, que, no momento eu dispenso, afinal, estou me sentindo bela. Não sou obrigada, eu não “preciso”, porque não quero. As revistas de saúde e beleza, exibindo corpos saradíssimos ainda não me comandam.
Se a pessoa me convidar para ir a um curso técnico e me der como segunda opção um jantar regado a vinho e sashimi, eu “fico” com o jantar. Se o namorado me propor fazer caminhada ou assistir filme e namorar muito, eu fico com a segunda opção. Não tenho vergonha de querer prazer imediato, a realidade é que a minha felicidade eu não postergo. É um objetivo que realizo no presente e que se liga ao que me dá prazer, ao que me faz bem.
Meu amigo, não siga o meu exemplo hedonista ao extremo, ninguém acha isso bonito ou admirável. Vivemos numa sociedade que valoriza o auto sacrifício, que o acha nobre, que condena o prazer imediato, todavia, eu estou feliz e me sentindo ótima nessa fase “pró-prazer”. Obrigada, com licença.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 28 de dezembro de 2014.

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