Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Do que me importa e de quem “se acha” importante.


Do que me importa e de quem “se acha” importante.

A lista do que me afugenta a paciência e me irrita no sexo oposto, na minha idade, é relativamente grande! É enorme, para ser exata. Ninguém paga minhas contas e, consequentemente, eu não abaixo meu lindo narizinho para pessoa alguma.
De tudo, no entanto, o que eu menos suporto, é homem metido a ser o “pica das galáxias”. Sabe o cara que se acha necessário, insubstituível, o máximo dos máximos? Cara, se orienta! Pra mim, necessário é gordura animal.
Necessário é cancerígeno e deliciosíssimo bacon, uma cerveja gelada na beira da piscina e uma taça de vinho para me inspirar na madrugada de sexta para sábado. Um pileque eventualmente, porque perder o controle um pouquinho é divertido. Ser sempre racional, focada e perfeita cansa. Por falar em cansar? Se eu canso até de mim, imagina de outra pessoa!
Carne gorda, pizza e salada também fazem parte das delicias da minha vida! Dinheiro na conta, perfume importado, livros, roupas, música, gargalhadas, trabalho, livros. Já falei livros? Enfim, isso, pra mim é necessário.
Insubstituível na minha vida? Fora euzinha? Só minha mamãe! Minha mãe é uma jóia sem preço, um ser humano inigualável e, como mãe, ao menos, basicamente perfeita. Sim, ela é! Eu, me sentir sozinha na vida? Talvez quando minha mãe partir. Só aí, por enquanto, eu me refaço de qualquer tombo, supero qualquer decepção e não dependo de ninguém. Só de mim e do amor que quem me ama me dá.
Homem? Pode ser o sujeito mais interessante, mais gato, mais bom de cama, mais inteligente, mais qualquer coisa do mundo, não chegará ao meu coração se não souber conquistar-me com afeto, muito, muito afeto. Cara, ninguém conquista uma mulher mimada sem devotar-lhe muita, muita, muita atenção!
E, sim, eu sou mimada! E sim, eu sempre tive excesso do amor. E não, eu não quero me acostumar com menos do que isso, porque eu sei o que mereço. Em tempos de redes sociais, de comunicação a distancia gratuita, só não cuida, não zela e não dá atenção ao outro, quem não quer ou quem se “acha” muito importante.
Baby, no meu dicionário, o “se achar” qualquer coisa, equivale a não ser. “Se acha” importante? “Se acha” legal? “Se acha” gostoso? “Se acha” o máximo. Deixa quieto, que pra mim você já é o mínimo. Ou “o coisa nenhuma”. Se “achou” Darling? Já deixou de ser qualquer coisa na ordem do meu dia.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de outubro de 2015. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Hedonista, sim senhor!

Hedonista, sim senhor!

Já pensou que falta total de erotismo tem transar (sim, acho “fazer amor” a coisa mais broxante da face da terra! Amor se sente, na cama você fode mesmo. Ou fora da cama, enfim) com os filhos dormindo no quarto ao lado?
Ou então, ir dormir exausta depois de ter chegado do trabalho, cuidado das crianças, amamentado e tendo a certeza de que repetirá o “circuito” ao longo da noite, tendo, quiçá, que acordar cedo no outro dia para ir trabalhar?
Já pensou que falta de erotismo tem fazer sexo tendo que acordar logo para amamentar? Que falta de animo pra sexo selvagem dá ter os filhos dormindo ali ao lado, no berço, no quarto ou querendo a caminha da mamãe?
Francamente? Eu não consigo entender como algumas pessoas insanas engravidam para salvar o casamento. Só se for para o cara não largar a mulher por piedade. Piedade dos filhos, é claro! Piedade desses fofos (mas, também dependentes, chorões, “gritentos” e indisciplinados) contratos vitalícios que se formam entre o “papai” e a “mamãe” e não pedem para vir ao mundo.
Podem estes não serem os motivos mais nobres para não se desejar ter filhos, ah, mas são bons motivos! Prazerosos motivos! Assim como, no caso de quem não tem um parceiro a fim de sexo selvagem e despudorado, chegar em casa, após um extenuante dia de trabalho, e assistir filmes, ler, escrever, tomar uma taça de vinho...
Ou, simplesmente, dormir sem precisar acordar durante a noite preocupadíssima com a respiração de alguém (que depende de você para tudo) do que com quantas horas você ainda pode dormir após voltar de uma saudável "urinada" noturna!
Sim, eu sou pelo direito da mulher ser mulher sem precisar parir! Eu sou pelo direito de ser livre, de gerir o próprio ventre, de viver como se apraz sem se sacrificar a concepções machistas que devotam a mulher a obrigação de ser hospedeira de herdeiros, mães zelosas e reprodutoras.
Sou pelo direito de romper limites, de viver de forma plena essa única existência que temos, sou pelo direito de ter prazeres carnais sem medo do padre, do papa, da igreja ou da sociedade.
Sou pelo direito de ser hedonista e sincera comigo mesma! Sim, hedonista! Sim, ter prazer e aproveitar essa vida como se fosse a ultima e a única, porque, quem lhe garante outra? A mim, ninguém!
Sou pelo direito de gozar, gritar, gargalhar e não ser comandada pelos (pré) conceitos de uma sociedade medíocre que é tão infeliz que precisa julgar o outro e lhe atirar pedras para se sentir um pouco menos insignificante e fazer de conta que sua existência regrada e sem graça tem algum sentido. Sou pelo direito de viver e deixar viver.
Sou pelo direito de ser quem sou e permitir que todos sejam como são: cada um com sua individualidade, mas com a felicidade e contentamentos plenos em comum! E aí, você é realmente livre e feliz? Bem, eu sou e quanto ao seu julgar e preconceitos? Fodam-se, quem sabe assim você goza e para de cuidar da vida alheia! É o que eu desejo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 28 de outubro de 2015.

Supere e, please, não generalize!

Supere e, please, não generalize!

Não generalize baby! Sempre haverão capitalistas colocando o capitalismo a perder, socialistas colocando o socialismo a perder, feministas queimando o filme das demais, partidário fanático e outros colocando a sigla do partido na lama.
Sempre existirá religioso queimando o filme da religião que professa, empregado colocando o nome da empresa na lama, gente imoral que lhe fará questionar a humanidade, casamentos de aparência que lhe farão duvidar de tal instituição de direito de família.
Haverão transex, gays, lésbicas e travestis que queimarão o filma da classe a qual pertencem, sempre existirão advogados e médicos mercenários e desonestos, professores arrogantes, burros e grosseiros.
Sempre existirão pessoas colocando medo nas outras por medo de revelar suas fraquezas, sempre existirão pessoas falsas que se enaltecem e nada de bom demonstram. Sempre existirão as pessoas “boas de lábia” e ruins de atitudes, excelentes de aparência e péssimas de essência.
Sempre existirão aqueles seres que serão hipócritas, que dirão que são virtuosos, decentes, francos e que, quando você conhecer-lhes um pouco mais verá que eles não passam, nunca passaram e nem nunca passarão de talentosos mentirosos.  
Enfim, em tudo no mundo, sempre existirão os seres de atitudes imorais, estupidas, impensadas e tolas, mas, nunca esqueça de "dar a César o que é de César": seja justo! Não desmereça ninguém além daquele que agiu de forma errada, não julgue uma classe por algumas pessoas ou o ignorante e estupido será você!
Não julgue o todo pela parte, não seja um estigmatizador, um generalizador. Por maiores que sejam as suas frustrações, nunca deixe a racionalidade de lado. Você foi traído? Você se decepcionou? Alguém lhe agrediu moral ou intelectualmente? Supere! Supere seus traumas!
Se for preciso cuspir na cara de quem lhe maltratou, cuspa. Se for preciso virar a cara, vire. Se for preciso, agredir verbalmente, vá lá, agrida! Mas nunca, em hipótese alguma, se aceite “traumatizado”, aceite-se sendo injusto com quem nada lhe fez ou com quem você conhece de pouco a nada.
Não se torne um ser cheio de “não-me-toques”, de trauminhas, de chateações, que generaliza a maldade e que, por isso mesmo, se torna mau, se torna chato, se torna inconveniente, triste e entediante. Supere, simplesmente supere e não seja uma pessoa injusta! Parte superior do formulário

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de outubro de 2015.

Das mentiras que se contam...E das pesquisas idiotas que são feitas.

Das mentiras que se contam...E das pesquisas idiotas que são feitas.

Vamos falar de pênis! Sim, do órgão sexual masculino, aquele para o qual se dá inúmeros apelidos, ao meu ver, um mais indigno que o outro. “Pinto”, cara, quer coisa mais insignificante que um pinto? Nem galo o bicho é! “Bilau”? Nome de brinquedo de criança. “Tico”? Quer algo mais diminutivo? Ah, não né!?
Com raras exceções, os apelidos popularmente dados ao órgão sexual masculino tem a intenção de “amenizar” eventual decepção e causar surpresa. Você espera um “pinto” e vê algo semelhante a um galinho em crescimento: Uau! Menos mal, não? Pois bem, aqui o negócio será chamado de pênis.
Ah vá!
Enfim, alguns cientistas australianos realizaram uma pesquisa e verificaram que... Tamanho é importante para as mulheres! Cá entre nós,  pesquisa extremamente desnecessária... Se a mulherada não mentisse pacas!
Esses "brocardos" toscos tipo "dinheiro não trás felicidade" e "tamanho não é documento" foram inventados por homens não abastados: financeira e fisicamente! E é propagado por mulheres cegas de paixão ou de necessidade financeira, afinal os homens costumam compensar a "pobreza" física com a riqueza financeira.
Ego né?! Homens e sua infinita necessidade de compensação “egocêntrica”! Cara morre trabalhando, fica rico, mas vai continuar com o órgão sexual defasado! Triste realidade né!? Nessas horas que eu acho ótimo ser mulher e não ser tão apegada ao ego e nem ter a auto estima defasada por ter um órgão sexual ínfimo ou praticamente ínfimo.
 Dinheiro não trás felicidade? Pode ser, se a pessoa for tão ignorante que não saiba gastar, viver ou se cercar de quem valha à pena, porque de resto, grana é bom demais! A da gente, é claro! E quanto a tamanho? Fica bem melhor se souber usar. Assim como o dinheiro! 
Não adianta coisa alguma ter um pênis grande e não ter tesão para usá-lo com talento, ser meio morninho. Assim como não adianta ter grana e não saber o que fazer com ela, não ter inteligência para gasta-la, angariar cultura, crescer, aprender!
Agora, ficar com macho endinheirado e desabastado fisicamente é lamentável! Ou com o sujeito bem dotado e frio! Éca...Mas, se os homens não sabem (ainda) se existe um bicho que manipula por interesse, ele se chama mulher!
 Por interesse a mulherada fica passiva, aguenta desaforo, sexo ruim, pinto pequeno, mas sobrevive da grana do sujeito que, o que tem de melhor, não raras vezes, é o bolso. Quer saber? Cada homem tem a mulher que merece. Em todos os aspectos. O que seria dos toscos de pênis pequeno ou “pouco manejado” se não fossem as mulheres sem amor próprio? Há razão pra tudo nesta vida. Mas não seria nada mal se não se propagassem mentiras toscas pelo mundo, essa pesquisa esdrúxula, por exemplo, não seria feita.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de outubro de 2015.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Sobre o feminismo em tempos de Enem.

Sobre o feminismo em tempos de Enem.

Simone de Beauvoir disse que “mesmo o mais medíocre dos homens se acha um semideus perto de uma mulher”. E ela tinha toda razão, ocorre que o mais medíocre dos homens é um idiota. Quiçá reprovado no Enem, inclusive.
Feminismo não é repúdio aos homens, é o que pode levar as mulheres a receberem o mesmo respeito que o mais tolo dos homens recebe da sociedade. Não, feminismo não se resume em dividir a conta ou servir ao exército, feminismo não é sinônimo de masculinidade, de “ódio” aos machos.
Feminismo é o mote para que as mulheres sejam respeitadas como seres pensantes e competentes, seres cujo lugar é onde quiserem estar, com ou sem filho, com ou sem marido, de copo cheio ou vazio, é a solução para que não sejam agredidas, desrespeitadas e estupradas. Inclusive verbal e psicologicamente.
Feminismo não tem nada a ver com nazismo (pra você macho tosco que chama feministas de "feminazi", mostrando que nunca leu um livro de história e não sabe nada me nazismo ou feminismo!), nem toda feminista é radical e, mesmo que seja, elas tem sua razão em cada manifestação que fazem.
O fato de algumas manifestantes se despirem em manifestações de forma mais ativa e radical que algumas, que, como eu, travam uma luta diária e relativamente silenciosa contra o machismo, significa o seguinte: nós nos despimos quando e porque queremos, não como produtos em revistas ou comerciais de televisão direcionados ao macharedo! Se, para chamar a atenção para determinada causa, for necessário queimar sutiãs e tirar a blusa, tiraremos, mas não para servir à libido masculina.
Você não percebe a diferença? Entre usar sua liberdade como se deseja e não para ser um produto "pró" ereção masculina? Se você não percebe, então lamento, mas você é gravemente limitado intelectualmente baby! O feminismo é o mote para que mulheres não sejam exibidas em capas de revista como produtos, não se escravizem a padrões de beleza impostos por um mercado machista que coisifica o corpo feminino.
E não, feminismo não é coisa de mulher! É "coisa" de ser humano inteligente, porque, acredite, a educação cria mulheres machistas, mulheres covardes, mulheres inseguras e mulheres mais machistas que muito homem dependendo da criação dos mesmos. Lamentável! Mas há esperança, e neste final de semana passado ela se renovou!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de outubro de 2015.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Do machismo à pedofilia.

Do machismo à pedofilia.

Vamos falar de pedofilia! Não, vamos falar de machismo. Você já reparou o quanto de “falocentrismo” existe por trás de algumas fantasias originariamente masculinas? Sexo com duas mulheres, por exemplo!
Oito em cada 10 homens não satisfazem plenamente uma mulher, então eu pergunto, o que esses asnos fariam com duas? Vê-las transar? Talvez, porque anatomicamente quem sente prazer de várias formas é a mulher, afinal o homem hetero teima em não assumir que seu ponto “G” se localize na cavidade anal.
O bicho homem se baseia demais em seu ego e passa a vida lutando a favor da robustez do mesmo. O cara de pênis pequeno, frequentemente, trabalha de todas as formas para ostentar alguma forma de poder, acha extensões penianas mundo a fora para, nelas centrar sua autoestima. O homem bem dotado, não raras vezes se torna relaxado, porque acha que está “feito” na vida, e assim por diante!
Ego, ego, ego! Se existem exceções? Claro, mas estou aqui falando da regra, com o perdão de quem (benzadeus!) nela não se enquadra. Pois bem, existem várias frases incutidas no pensamento popular que favorecem o machismo: “Mulheres amadurecem mais cedo”, por exemplo!
Por conta dessa frase eu tive vários namorados mais velhos do que eu. Nenhum era maduro, no entanto conheço rapazes jovens mais maduros do que muito cinquentão por aí! Mulheres são mais cobradas, não são programadas geneticamente para serem mais maduras, são mais exigidas e é por isso que, às vezes, amadurecem antes. Homens tem a fantasia sexual da colegial!
Vá a um sex shop de qualidade e lá estará ela: saia, blusinha, meia longa e por aí a fora. Isso, por acaso, não se liga ao ego? A necessidade de, no campo imaginário, estar se “apossando” de uma moça inexperiente, delicada e que vai fazer reverencia ao seu “super” falo (por mais “mini” que seja). Sim, essa fantasia se liga ao ego masculino.
Então, partimos daí à pedofilia que, inúmeras vezes, tem a ver com a necessidade de se auto afirmar, de ser o primeiro afinal, cá entre nós, dizem que o primeiro não se esquece. E sim, não se esquece, inclusive por ser ruim!
Mas, vamos lá, hoje em dia, do alto de meus trinta e poucos, eu vejo algo no mundo e falo com cátedra: homens com predileção às mulheres inexperientes são sexualmente incompetentes. Talvez, intelectual, inclusive, mas o mundo está cheio de homens sexualmente hábeis e intelectualmente frustrantes.
O machismo faz os homens burros temerem mulheres inteligentes e experientes. O ego defasado do bicho macho direciona os homens às jovens moças, àquelas que, ao menos pela logica, são menos vividas, menos experientes e, portanto, mais fácil de agradar e de lhes agradar sem nada pedir- o que é outra característica do pedófilo: “Ela não sabe nada, ela não vai exigir nada e eu serei poderoso”.
Sim, meus amigos, não é à toa que a pedofilia costuma ter autores homens, porque as mulheres, em sua maioria, não possuem o ego como foco e não precisam massageá-lo. Nós não procuramos parceiros mais jovens para mostrar para as amigas que somos “poderosas”, a maioria de nós, ao menos, não gosta de ensinar homem na cama e, tampouco, queremos sexo “unilateral”. Isso por quê? Porque a sociedade cria, desde a infância, meninas e meninos de formas diferentes.
Então, infelizmente, essa coisa de pedofilia, que veio à tona nessa semana com as manifestações em face da menina Valentina, tem sim a ver com o machismo e isso, precisa, urgentemente ser mudado.
Pedófilos não são monstros, não são demônios, não são porcos, não são doentes, são homens com sérios problemas de ego, um pouco além dos que a maioria possui, mas são homens e eles estão aí, assediando a sua filha, sua irmã e quiçá já tenham assediado a sua mãe.
Aliás, quiçá habite um pouco em você que tem fantasias sexuais com a mulher vestida de forma pueril, para que, então, você se sinta forte, poderoso, experiente e sexualmente superior. Revise sua mente e seus conceitos, está na hora de mudar a sociedade e isso não ocorrerá sem a sua mudança.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de outubro de 2015.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Orgulho de ser brasileira? Não, obviamente não!

Orgulho de ser brasileira? Não, obviamente não!

Eu queria ter orgulho de ser brasileira! Sério, eu queria! Mas não consigo! Não consigo ter orgulho de um povo que compartilha que “Deus é amor”, que a sua “religião salva”, mas que não respeita ao diferente.
Não consigo ter orgulho de um povo que fala em “heterofobia”, “orgulho hetero”, que chama o politico aborígine de “mito”, que diz que “bandido bom é bandido morto”, mas que é contra o aborto, que diz que o preconceito não existe e que é “mimimi” de minorias.
Não consigo ter orgulho de um povo que diz com todas as letras que não gosta de ler, mas que quer fazer graduação em “humanas”, que posta que o país está perdido frente à corrupção, mas cola na prova e suborna o guardinha.
Não tenho orgulho de um povo que lê e assiste reportagem em que a marombeira gigante que só come frango grelhado e batata doce diz que o marido (cuja utilidade até hoje eu desconheço, assim como a dela) solta gases na hora do sexo, que se inteira de fofocas da vida das “celebridades” que, seguidamente, são pessoas que não tem nada de bom pra falar, só pra mostrar: a bunda, os peitos comprados e o abdômen lipoaspirado, mas não lê a reportagem útil e gratuitamente oferecida na internet.
Aliás, como ter orgulho de um povo que tem como “exemplo” a pessoa que malha o dia inteiro e faz dieta restritiva? Que assiste uma minissérie por causa de uma bunda? Que reclama em ter que gastar com palestras ou livros, mas que sempre tem grana solta pra cerveja no final de semana?
Não consigo ter orgulho de um povo que fala com a boca cheia que não lê textos “grandes” e que dá inúmeros “likes” em fotos despretensiosa em que o corpo da mulher é sutilmente revelado, mas não consegue ler uma crônica com mais de 10 linhas e que, sobretudo, reclama de tudo e não faz nada para mudar coisa alguma!
Você posta, por exemplo, em sua pagina numa rede social algo acessível para que as pessoas se informem a respeito do que podemos, unidos, fazer contra a corrupção que assola o Brasil e quantos curtem? Duas, duas miseras pessoas em um universo de mais de 3.000!
Ah, gente ter orgulho de ser brasileira? Não, obrigada! Eu tenho orgulho de ser uma pessoa que questiona, de ser uma pessoa cheia de duvidas e tenho orgulho de quem admiro e que, como eu, sabe que não sabe tudo, mas se recusa a falar merda, a assistir merda e a se contentar com gente que tem um raciocínio de merda. Com o perdão do português claro oriundo de uma indignação não seletiva!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de outubro de 2015.

Sobre ser livre!

Sobre ser livre!

A liberdade começa quando você assume para si mesmo quem você é! Quando, num mundo de conceitos moralistas, você compreende que não existem regrinhas ou "atitudes corretas" para toda e qualquer ocasião.
A liberdade começa quando você compreende que o melhor que pode lhe acontecer, pode vir junto com aquilo que de mais insano você pode fazer, quando você descobre que os seus próprios atos incomuns, impensados e, até mesmo, nunca praticados, vem à tona no momento em que você se junta com uma pessoa que tem a alma livre como a sua, que tem uma loucura afim com a sua.
Ser livre é não precisar de "cartilhas", é sentir na pele, na mente e na intuição o que se deseja fazer, é assumir tais desejos e lembrar-se deles sorrindo. É entregar-se a vivências intensas, é ser intenso, porque, você não precisa ser o que os outros querem, desejam ou dizem, você precisa ser satisfeito, ser feliz, mesmo que fuja de qualquer padrão.
Padrão imposto por quem, afinal? Por uma sociedade hipócrita, onde 8 em cada pessoas usam máscaras, são infelizes, não têm coragem para se separar, mas são infiéis, não mudam de vida por comodismo, oram aos domingos e jogam pedra na vida alheia na segunda-feira, quando, inclusive, acordam reclamando, porque não sentem paixão nem pela profissão que escolheram, menos ainda pela vida que levam!
Paixão meu amigo! Paixão, intensidade, loucura! Sim, elas fazem muito, muito bem! Sim, você precisa delas, talvez ainda não tenha tido coragem para vivenciá-las, talvez ainda não seja suficientemente livre para se entregar a elas, mas precisa, são elas que fazem essa passagem que chamamos de vida valer a pena.
Porque, acredite, liberdade não tem nada a ver com pagar as próprias contas, ser bem sucedido, solitário e cheio de si. A única prisão realmente triste é a da alma e, coincidentemente, é a única prisão da qual, voluntariamente, o homem pode libertar-se. Basta ter coragem, a mãe de todas as virtudes!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 20 de outubro de 2015.

Caindo em si!

Caindo em si!

“Cair em si é a única queda que lhe coloca pra cima”. Li essa frase e pensei em mim! Eu cai em mim quando me tornei uma pessoa simples, objetiva e racional. Quando me tornei muito transparente: se eu sinto, eu falo, se não sinto, eu calo, se eu quero, eu fico, se não quero, eu parto, se eu gosto, eu considero, se eu não gosto, ignoro.
Não faço jogos, aliás: eu não suporto jogos! Quem gosta de mim tem que ser claro, tem que ser objetivo, ir ao ponto, sem rodeios e truques. Não sou o tipo de insana que faz deduções, eu sou literal e exijo literalidade, não apenas nas palavras, mas nas atitudes alheias!
Cheguei a uma fase da vida em que não admito mais ouvir três vezes a velha frase "estou com saudade". Passou da segunda afirmação sem atitude, eu ignoro e não creio. Está com saudade? Aja! Voe, dirija, pegue carona! Tempo? Questão de prioridades.
Diferentemente da maioria das pessoas eu não gosto de ilusões e não me iludo. Não tenho aquela indulgência: "Ah, mas é que não conseguiu!". Quem quer consegue, quem quer age! Estou exausta, farta de palavras desconectadas de atitudes! Um "eu te adoro" pra mim hoje, outro "eu te adoro" amanhã pra qualquer uma.
Um "oi, tô com saudades" pra mim agora e ao mesmo tempo para outras, afinal a virtualidade favorece isso: não pagamos SMS mais, enrolar as pessoas além de fácil, é barato! Fácil, muito fácil, facílimo! Sou uma eterna observadora das atitudes alheias.
Via de regra, eu escolho a pessoa que tem mais atitude para criar apego e apreço. Sim, meu caro, a gente também "enrola" quando finge que acredita na sinceridade de quem só tem "lero"! De observação em observação, na hora do desempate, ganha aquele cujos atos são condizentes com o "verbo".
Aos demais fica o número bloqueado no celular e o nome bloqueado no coração. Sou gamada em atitudes, pois de palavras doces eu já me enfarei há muito, muito tempo! De doçura, hoje em dia, somente a das atitudes é que me entusiasma e não causa náusea. Somente! 
Se adora, demonstre que adora, quero exclusividade! Se sente saudade, demonstre e faça algo para matá-la! Eu gosto de intensidade, gosto de gente que se joga, que se entrega, que se despe de medos e de pudores. Gosto de gente como eu! Quando a gente "cai em si" só a objetividade e a lógica nos cativam, o resto é canção de ninar pra criancinha e uma mulher de verdade não precisa delas pra nada.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de outubro de 2015.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ou fica sério ou não fica.

Ou fica sério ou não fica.

Outro dia, num grupo de pessoas, eu afirmei uma verdade da minha vida: eu não "fico". Se eu nunca tive um caso, uma relaçãozinha que terminou em sexo? Claro que sim! Eu não sou o tipo de mulher que se faz de santa pra namorar alguém, eu não sou o tipo de mulher que se "faça" do que não é.
Nunca, jamais! Não me faço de nada, nunca me "fiz" e nunca me"farei", a questão é a seguinte e muito lógica ao meu ver: se rolaram dias de papo, se rolou jantar ou jantares, se rolaram encontros, rolaram beijos quentes e sexo bom, então: ou fica sério o negócio ou não tem "segunda vez". Não vai adiante!
Depois do primeiro contato íntimo com quem se relaciona comigo (onde antes de tudo houve conversa, muita conversa, diálogo, muito diálogo) ou a situação "vira" ou não vai pra frente e eu me nego a me apaixonar, me envolver ou qualquer coisa afim! Eu não criarei apego e ponto final, minha mente é programado pra isso.
Sair com uma pessoa que já me conheceu intimamente e não quis se "apossar" afetivamente de mim, eu não saio. Por quê? Porque eu sempre terei outras opções, porque eu não sei e não aceito ser tratada como "mais uma", por conhecer o valor que tenho, porque eu sou bonita e inteligente demais pra ter uma relação exclusivamente por sexo.
Sou boa demais para ser mais uma de uma lista, portanto, eu posso sim, transar com você, só não vou “ficar”. Ou transo e um some da vida do outro, porque o sexo foi ruim ou partimos pra algo sério, do contrário, desista de me procurar! Ou sou prioridade, ou não sou nada. Só por isso! Não repito parceiros: ou eu namoro ou eu não fico.
Não atendo telefonemas de madrugada, não aceito sair escondido, não tenho a mínima vocação para ter “esquemas”, “rolos”, “casinhos”, romances sem futuro. Nunca me faltaram opções afetivas, portanto eu não perco tempo com quem não está disposto a me devotar lealdade, afeto e amor. Fora da cama, obviamente.
Podem me criticar, julgar e atirar pedras, mas minha forma de agir eu não mudo. Tornar-me uma "fornecedora" sem ter compromisso ou sentimento com quem eu já tive intimidade? Nunca! É uma vez e nunca mais. Não tenho tempo pra gastar com ninguém e, sinceramente, sou muito bonita pra certas coisas.
E sim, com a minha idade e maturidade eu posso dizer "nunca", pois homens não são, nem nunca serão prioridade na minha linda vida. Amor sim, e amor até eu me dou, com muito mais talento! Ou chega, "chegando" e abalando e fica o tempo que der, ou não chega, só encosta e vaza! Simples assim.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 19 de outubro de 2015.

sábado, 17 de outubro de 2015

Tem, mas tá faltando.

Tem, mas tá faltando.

A frase ilógica: “Tem, mas tá faltando” tem a cara do comércio de Sorriso, onde moro, quando a cliente não entra toda arrumada e com chave de carro importado na mão e define a situação geral sobre a (in) existência de homens. Homens de atitude. Homens com "H" maiúsculo.
E não, caro amigo homem que se ofendeu com o começo deste post: a culpa não é unicamente sua, ou melhor, do gênero masculino, pelas atitudes desprovidas de tato romântico, de gestos admiráveis e nobres que você e seus "parceiros do gênero" tomam atualmente.
As atitudes masculinas escrotas são fruto do costume masculino em lidar com mulheres de amor próprio inexistente e atos, igualmente, escrotos! Perdeu-se o hábito de dar flores, de presentear, de ligar pela manhã, de dar boa noite, perdeu-se o hábito de, mesmo distante, fazer-se presente, perdeu-se a gana da conquista, o romantismo, a vontade de cuidar.
E, por quê? "Porque é fácil 'pegar' mulher hoje em dia". Dizem os homens para os quais quantidade equivale à qualidade, para os quais silicone equivale a cérebro. Mulheres de qualidade, digo, mulheres com "M" maiúsculo e não garotas afoitas, interesseiras e a caça de um marido abonado, existem muitas realmente?
Pense bem, meu caro: existem? A menos que você seja um anencéfalo que "vingou" a sua resposta será um taxativo "não". Mas, é importante que você saiba que, ainda que sejam exceções, mulheres valorosas e que se dão ao valor existem sim e elas não vão se contentar com as suas atitudes corriqueiras, banais e imaturas.
Mulher de verdade meu caro, é artigo de luxo! Elas não se contentam com qualquer “se der te ligo”, elas não se contentam em ser opção, elas querem ser prioridade e não uma ligação no fim de noite, um “segundo plano”. Claro, prioridade em relação a outras, não em relação a trabalho e filhos, não em relação a outras circunstancias pessoais que merecem respeito e que qualquer mulher madura e mentalmente equilibrada irá respeitar.
Uma mulher que se preza, quer ser o objetivo do seu parceiro. Quer ser o foco das suas atenções, quer se sentir esperada, desejada, valorizada e inspiradora. E, quanto mais afeto, atenção e amor receber, mais ela lhe dará. A questão, hodiernamente, é: para quem dar toda essa atenção?
Vocês homens estão acostumados a destinar às mulheres um pseudo “valor”, isso, claro a estas 9 em 10 mulheres com quem saem, 19 em 20 das que conhecerão vida a fora! E, assim, uma mulher que se preze, que se ame, que se valorize, que se respeite e que espere o mesmo do parceiro, fica em cima do muro, devotando a si mesma todo o amor que tem, por que, infelizmente não existem homens que lhes mereçam e ajam de forma a conquistar seu apreço.
Existem inúmeros homens procurando companhia, mas raríssimos, quase nenhum, dignos de despertar paixão numa mulher valorosa, menos ainda amor, que é um misto de atração com admiração. Enfim, abre o olho meu caro, porque nessa de perder a perspicácia para distinguir uma mulher da outra, para distinguir a exceção da regra, você paga de idiota e perde excelentes oportunidades.


Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de outubro de 2015.

Do passado ao futuro!

Do passado ao futuro!

Quando eu penso nas relações afetivas que tive, ou melhor, nos amores que vivi e o que teria ocorrido se eu fosse ontem o que sou hoje, penso que tais relações, com uma exceção, não teria nem começado.
A segurança da maturidade, a força e a sensatez que adquirimos depois de muito errar, não são suportáveis por pessoas inseguras, assim como não as suportamos. Sou o tipo de mulher que assusta alguns tipos de homens, inclusive aqueles que outrora me amaram.
Quando eu penso no que teria sido a minha vida se eu tivesse insistido nas relações das quais me evadi, eu concluo que teriam o fim que tiveram, quiçá com vínculos maiores. Os relacionamentos tendem a findar a longo prazo, porque as pessoas reagem de forma diferente a iguais experiências.
Nenhum ser humano "é", todos "estão". Ao menos os inteligentes! Mudam, aprendem, se constroem, se desfazem, se fazem novamente. O fogo que derrete a manteiga, endurece o ovo. Logo, às vezes o seu amor aos 20 anos, será um amigo sem muitas afinidades aos 30! Dependerá do como reagiram às experiências tidas.
Não se pode exigir que um casal, juntos há 5, 10, 15 ou mais de 20 anos fique junto quando o outro é um estranho por quem não se nutre mais admiração! A regra da vida é a mudança e nem sempre o, atualmente, "nosso amor", nos acompanha.
Não é sempre que o “nosso amor” de hoje continuará sendo “nosso amor” amanha. Ás vezes as nossas mudanças não corresponderão as dele e nós não iremos mais admirá-lo, não teremos mais nele o mesmo encanto que já tivemos. Nós mudamos, ele mudou e nessas mudanças nos desencontramos. Mas, e dai? Que não se percam as boas lembranças e a consideração por aquilo que "acabou-se", mas já foi doce.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 17 de outubro de 2015.

As belas exceções.

As belas exceções.

Em três décadas de existência eu aprendi que o que justifica meu amor à vida, são as exceções. Sim, aqueles 2 dentre 20 ou mais me dão esperança, geram minha fé na humanidade! Aqueles, quiçá, menos de 2 dentre 20, me chamam a atenção, me despertam admiração e prezar. Aos demais, dou meu respeito, educação e cordialidade, mas não tocam minha alma.
Enfim, a regra, a maioria? A regra é banal, julga pelas aparências, sobrenome e hectares, a regra investe no corpo e tem a mente vazia, a regra é preconceituosa, vai à igreja aos domingos e trata mal os menos abonados, os morenos, os simples, os incultos, os humildes, os gays.
A regra gosta de roupas bonitas, mas não tem educação, classe ou finesse. Enfim, a maioria não vale uma unha quebrada! Ah, mas as exceções! Me excitam, me inspiram, fazem meu coração vibrar! E pra suportar todo o resto existe a gordura animal, o álcool e o Prozac, porque droga, se supera e se tolera com droga. Com o perdão dos hipócritas, obviamente!
Todos já vivenciamos amores de droga, amizades de droga, já tivemos um trabalho de droga e já os superamos com alguns excessos que alguns especialistas chamam de “droga” no sentido literal do termo. A questão é que arrependimento não serve pra nada, auto piedade menos ainda.
Nunca se arrependa do que fez no passado, não tenha pena de si mesmo e se desapegue daquilo que outrora "não deu certo". Carregue consigo o doce do aprendizado e dispense o amargor do recalque. Siga adiante sem legar ao outro os seus medos e traumas, do contrário você só irá estragar novas e promissoras oportunidades. Do contrário você só irá ignorar a exceção por conta de uma regra estupida que você vivenciou.
E sabe por que eu digo que foi regra? Porque se fosse exceção não tinha terminado, se fosse exceção não iria ferir, não iria doer. Se fosse exceção você teria valorizado, você teria respeitado e não deixaria partir. Agora, se era e você não valorizou, então, o problema é todo seu!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 17 de outubro de 2015.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Das benesses da internet.

 Das benesses da internet. 

Eu nunca fui muito convencional. Ao contrário de muitas pessoas, desde meus 14 anos eu não opto pelo simples na minha vida, inclusive afetiva e isso propiciou, como diria o Robertão, “muitas emoções”. 
Graças à internet, mantive contato com pessoas interessantes, cultas, inteligentes, ainda que distantes. Eu sempre tive um tesão forte em intelectos, já resvalei nos incultos e idiotas, por uma necessidade humana de ser humilde, de conhecer mais a fundo o “outro lado”, mas, como uma boa resvalada, foi “cair e levantar” sem atingir o coração ou a alma. 
Enfim, tive o Pavel, um namoradinho brasileiro, descendentes de russos e que morava na Rússia. Eu tinha 15 anos na época e recém havia ganhado um computador. Na época eu residia na fronteira do Brasil com a Argentina e era avessa as “reuniões dançantes”, CTG e afins que o povo jovem da cidade em que eu residia curtia. 
Tive, à distância, um romance virginal com um perito criminalístico químico que recitava poemas do Drummond para mim. Eu tinha 17 anos. E, assim, com ou sem beijos e “etc” conheci pessoas inesquecíveis. É verdade que o perito da “capital” me deu uns beijos tão vorazes no shopping da minha cidade que faltou pouco para o segurança vir “apartar”! Coisas da emoção. 
Aliás, de todas as minhas “paixonites” as de gostos mais semelhantes aos meus não estavam próximas a mim! Enfim, esse instrumento que os idiotas usam para ficarem mais idiotas ainda e que os tarados usam para ficarem mais tarados ainda, é uma porta aberta para a informação útil, para a cultura e, também, para que conheçamos pessoas legais. 
Eu acho uma tolice achar que só existe vida na terra, assim como acho uma tolice achar que o “astral” colocou apenas num raio de 50 Km de mim pessoas legais e comigo afins! Aliás, há mais de dois anos no MT, percebo que se dependesse dessa quilometragem aí para eu ter amigos interessantes, inteligentes e romances intensos não só na troca de fluidos como na de ideias eu já teria ensandecido! 
Eu acredito no uso inteligente e consciente da internet, das redes sociais variadas. Minha mente não é limitada a preconceitos vãos. Usando com sapiência, o computador e os smartphones nos levam a qualquer lugar do mundo e, inclusive, nos colocam a conhecer pessoas que jamais teríamos a sorte de conhecer se nos quedássemos contentes com o que o restaurante “top” da cidade nos apresenta. Explore meu amigo, você não é uma árvore! 

Claudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de outubro de 2015.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

A “voz” e a humildade intelectual.

A “voz” e a humildade intelectual.


O ruim de sermos intelectualmente humildes é que nos questionamos demais. Aquela voz interior que nos diz "essa pessoa é chata", "esse dai é problemático", "esse outro é inseguro", "aquele lá é desleal", e assim por diante, é uma intuição infalível ou mero preconceito oriundo de experiências passadas com pessoas que, quiçá, nada tenham a ver com tais criaturas?
Tudo seria simples se, da ultima vez, essa voz tivesse dito "esse dai é um *****************" e você, sendo intuitiva e intelectualmente humilde, tivesse dito a ela: "Voz, querida, fique quietinha, está sendo preconceituosa e analisando por dedução, não 'empiricamente'". Porém, novamente a voz venceu!
Ontem foi dia das crianças, me analisando profundamente, confesso que me sinto uma, tanto na alegria constante, como no aprendizado, igualmente constante! Na minha profissão, aprendo diariamente, com meus pais, aprenderei eternamente, com meus erros, aprendo de forma a nunca mais esquecê-los.
Em meus relacionamentos, nunca canso de aprender: meus limites, o que posso suportar, o que não tolero, o que gosto, o que aceito, o que jamais aceitarei e, assim, angario conhecimentos para colocar em prática no momento certo, outra nova escolha.
Ah, e as escolhas, heim?! Com o tempo a seletividade se avantaja, a segurança aumenta e a confiança na própria intuição cresce assombrosamente! Existe em nós aquela voz, aquela que sempre sabe, que nos avisa e, que, jamais deve ser ignorada! Antes mesmo de termos um segundo encontro, antes mesmo de resolvermos nos despir para alguém, a nossa mente já sabe o que “dará” com aquela pessoa.
A nossa mente sabe se “vira” ou não “vira” e, aprender a ouvi-la, aprender a confiar na nela e ignorar os argumentos racionais que seguidamente damos para ignorá-la, misturados com eventual e desnecessária carência, é o que de mais maduro podemos fazer por nós para mantermos, em nossa alma, a alegria infantil que nunca deve ser colocada de lado! É sendo feliz e agindo com maturidade que, sem dó, sem piedade e sem vergonha alguma, colocamos nossa alma pra brincar!

Claudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de outubro de 2015.

Se relacionar, se apaixonar e amar: não confunda!

Se relacionar, se apaixonar e amar: não confunda!

Estar numa relação séria não significa amar, não significa nem estar apaixonado. Você se relaciona para conhecer mais a fundo alguém, deste conhecimento pode surgir o amor, a paixão ou o desgosto! As pessoas estranham, porque pouquíssimas assumem uma relação séria com alguém atualmente.
Parece medo, receio, então quando alguém namora pensam "ai que lindo, ela encontrou o amor da vida dela!". Ah, deixe de ser besta! Eu, pessoalmente não sei "conhecer" ninguém a fundo sem certo convívio, família, contato. Portanto, não pense que estou apaixonada, apenas porque estou namorando.
Namorar, ter algo sério com alguém nunca foi uma dificuldade na minha vida. Eu gosto de intimidade e não imagino como conhecer alguém um pouco, apenas “saindo” transar com ela eventualmente e tendo um mundo de outras pessoas dando em cima de mim. Eu não sei “ficar”, nunca soube e nem quero aprender.
Sei lá, ou rola compromisso, ou rola um “tchau, be happy”. Eu só sou fiel a quem se compromete comigo, simples. Do contrário, vai ter conversa com outros no whats, vai ter janta com amigas e amigos, vai ter “olhada” para o lado e assim por diante. Portanto, namoro, pra mim, não é indicio de “amor, eterno amor”.
Mas as pessoas, românticas ou tolas, começam com suas deduções caretas: “Ah, mas esta namorando então está apaixonada?". Nem sempre. O único amor imutável que sinto é por mim, fora isso vou do gostar muito ao desprezo em pouco tempo! Basta não gostar do que vejo, ouço, sinto! Fotos bonitas não significam paixão, relacionamento não é sinônimo de amor e estar com alguém em nada se liga ao "pra sempre" que, corriqueiramente, acaba.
Um relacionamento sério pode ser que vá longe, pode ser que não dure uma passagem de mês ou ano, pode ser que vire amor, pode ser que não vire nada, só aprendizado! Eu não me quedo acomodada, isso é verdade! É bom fica, não é bom sai! Simples, a vida é curta demais para “frescuras”, para se apegar ao que não faz bem, ao que não dá frio na barriga, ao que não sabe mimar, cuidar e cultivar a conquista.
Um namoro é apenas o começo de uma conquista. Tem quem conquiste inicialmente e faça por perder logo depois, enfim, o “bicho homem” nem sempre lida bem com segurança e acha que, porque “assumiu”, então agora ganhou a “propriedade” do coração da mulher. Erro rude amigo, erro feio!
As pessoas deveriam se desapegar das aparências antes de julgar o estado de espírito ou emocional de alguém, às vezes onde elas veem profundo amor, há respeito e afeto, nada além. Noutras vezes, há paixão em nosso coração e ninguém ao nosso lado! Enfim, as coisas "humanas" não são óbvias ou previsíveis e cada pessoa é diferente da outra.

Claudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de outubro de 2015.

Sobre a paixão, a praticidade e eu.

Sobre a paixão, a praticidade e eu.

E enquanto não houver paixão ou quando ela for embora, eu desistirei. E se o amor se tornar uma amizade sem tesão, eu também desistirei. Têm quem goste de certezas, de comodismo, eu gosto de paixão, de frio na barriga, de esperar alguém com o apetite voraz com que espero a comida encomendada chegar à minha casa após um dia exaustivo!
Se não for para amar, para desejar insanamente eu fico só, eu desisto, eu abro mão! Eu "pulo", enfim. Se for para ter regrinhas, se for para ser "perfeito", exato e previsível eu também debando! Eu gosto de loucuras, na paixão e fora dela.
Eu não opto pelo que é simples, pelo que está fácil, eu opto pelo que me faz vibrar facilmente, independe de lógica, independente de ser mais complexo do que simples, mais distante do que próximo!
A gente precisa de amor, de paixão e eu, ao contrário de muitos, não tenho nenhum medo de não viver relação alguma se for para ter alguém sem sentir meu coração bater mais forte, meu rosto enrubescer e a pele arrepiar num toque de mãos. Antes a solidão de um coração aquecido, do que uma morníssima vivência.
Ouço pessoas dizendo que vão fazer "ménage" ou troca de casal para "salvar" o casamento! Não me falam em fazer isso, porque desejam, falam em “apimentar” a relação, em “salvá-la” do tédio, da bancarrota. E, nessas horas eu vejo como eu sou pratica! Cruelmente pratica: chegou a tal ponto? Já afundou, não salva mais: troca de marido, troca de namorado, mas não perca o auto-respeito! Ninguém é insubstituível. Mas o povo acomodado parece que depende mais do afeto do outro do que de seu amor próprio para ser feliz!
Em dois, entre quatro paredes ou a céu aberto vale tudo, mas se precisar desses "algo mais" que incluem outros no sexo, convém enterrar o relacionamento que já morreu e fazer nascer uma nova relação, sem pisotear na própria autoestima para realizar desejos falocentricos de um parceiro frustrante! Convém buscar uma nova paixão, porque a vida é muito curta para insistir em algo, para inventar mil subterfúgios se, no mundo, existem mais de 7 milhões de pessoas!

Claudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de outubro de 2015.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Cruel, muito cruel, cruelíssima

Cruel, muito cruel, cruelíssima.

É algo interessante “não ser conhecido”. Não falo em não ser popular, falo, isto sim, neste “algo” que ocorre num mundo em que você escreve crônicas, tendo um blog delas, leciona para muitos alunos e é ativa nas redes sociais: todos acham que lhe conhecem, mas estão errados!
Primeiramente, porque o que você faz longe das câmeras, de várias pessoas, de um celular ou de um computador não vai a conhecimento popular, em segundo lugar, porque as pessoas pensam que lhe conhecem, mas, meramente lhe imaginam! Ninguém que não esteja ao seu lado 24h por dia, durante todos os dias da sua vida pode, catedraticamente, afirmar que lhe conhece!
Você posta algo, e surgem as deduções: “É indireta”, “é isso, é aquilo”, afinal, você escreve, é uma pessoa de excelente humor e paciência, logo, o que você fala de amargo, deve ser indireta para alguém. E eu respondo: nem sempre, podem ser meros pensamentos com inspiração intima.
Sou uma mulher que, desde que tenho 17 anos, leio obras relacionadas à psicologia! Sempre me interessei pela alma, pela psique humana. Quem acha que o que escrevo, com o fito de comunicar-me em meu blog, fere alguém, é porque desconhece o que sou capaz de dizer, cara a cara, a um ser humano. Diga-se e, humildemente, reconheço: seres humanos que conheci mais profundamente, contrariando minha eximia intuição! Ora essa, não sou perfeita!
Minha mãe se surpreende até hoje com o fato de, ainda, ter uma filha viva. Eu não discuto, eu não ofendo, eu não brigo, não mando se ferrar e etc.. Simplesmente, eu vou direto ao ego! Sim, ao ego, não aos rins!
O ego é o que as pessoas tolas têm de mais protegido e, pensam, ser forte. Pois, quando eu quero “terminar” com alguém, eu o faço no sentido literal do vocábulo. Eu não ofendo, eu firo. Firo o ego. Portanto, se alguém neste mundo acha que o que de negativo eu falo ou escrevo pode ser indireta é porque desconhece o meu dom em ferir e fazer-me odiada.
Ou em ser “marcante”, afinal, tem gente que “gama” na humilhação! De toda forma, a minha intenção é e sempre será a crueldade, pois, se a pessoa não merecesse o meu pior, não mereceria o meu pé na sua insossa bunda. Com raras exceções eu sou realmente cruel, muito cruel, cruelíssima!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de outubro de 2015.