Do passado ao futuro!
Quando eu penso nas relações afetivas que tive, ou melhor, nos amores
que vivi e o que teria ocorrido se eu fosse ontem o que sou hoje, penso que
tais relações, com uma exceção, não teria nem começado.
A segurança da maturidade, a força e a sensatez que adquirimos depois de
muito errar, não são suportáveis por pessoas inseguras, assim como não as
suportamos. Sou o tipo de mulher que assusta alguns tipos de homens, inclusive
aqueles que outrora me amaram.
Quando eu penso no que teria sido a minha vida se eu tivesse insistido
nas relações das quais me evadi, eu concluo que teriam o fim que tiveram, quiçá
com vínculos maiores. Os relacionamentos tendem a findar a longo prazo, porque
as pessoas reagem de forma diferente a iguais experiências.
Nenhum ser humano "é", todos "estão". Ao menos os
inteligentes! Mudam, aprendem, se constroem, se desfazem, se fazem novamente. O
fogo que derrete a manteiga, endurece o ovo. Logo, às vezes o seu amor aos 20
anos, será um amigo sem muitas afinidades aos 30! Dependerá do como reagiram às
experiências tidas.
Não se pode exigir que um casal, juntos há 5, 10, 15 ou mais de 20 anos
fique junto quando o outro é um estranho por quem não se nutre mais admiração!
A regra da vida é a mudança e nem sempre o, atualmente, "nosso amor",
nos acompanha.
Não é sempre que o “nosso amor” de hoje continuará sendo “nosso amor”
amanha. Ás vezes as nossas mudanças não corresponderão as dele e nós não iremos
mais admirá-lo, não teremos mais nele o mesmo encanto que já tivemos. Nós
mudamos, ele mudou e nessas mudanças nos desencontramos. Mas, e dai? Que não se
percam as boas lembranças e a consideração por aquilo que
"acabou-se", mas já foi doce.
Sorriso/MT, 17 de outubro de
2015.
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