Hedonista, sim senhor!
Já pensou que falta total de erotismo
tem transar (sim, acho “fazer amor” a coisa mais broxante da face da terra!
Amor se sente, na cama você fode mesmo. Ou fora da cama, enfim) com os filhos
dormindo no quarto ao lado?
Ou então, ir dormir exausta depois de
ter chegado do trabalho, cuidado das crianças, amamentado e tendo a certeza de
que repetirá o “circuito” ao longo da noite, tendo, quiçá, que acordar cedo no
outro dia para ir trabalhar?
Já pensou que falta de erotismo tem
fazer sexo tendo que acordar logo para amamentar? Que falta de animo pra sexo
selvagem dá ter os filhos dormindo ali ao lado, no berço, no quarto ou querendo
a caminha da mamãe?
Francamente? Eu não consigo entender
como algumas pessoas insanas engravidam para salvar o casamento. Só se for para
o cara não largar a mulher por piedade. Piedade dos filhos, é claro! Piedade desses
fofos (mas, também dependentes, chorões, “gritentos” e indisciplinados) contratos
vitalícios que se formam entre o “papai” e a “mamãe” e não pedem para vir ao
mundo.
Podem estes não serem os motivos mais
nobres para não se desejar ter filhos, ah, mas são bons motivos! Prazerosos
motivos! Assim como, no caso de quem não tem um parceiro a fim de sexo selvagem
e despudorado, chegar em casa, após um extenuante dia de trabalho, e assistir
filmes, ler, escrever, tomar uma taça de vinho...
Ou, simplesmente, dormir sem precisar
acordar durante a noite preocupadíssima com a respiração de alguém (que depende
de você para tudo) do que com quantas horas você ainda pode dormir após voltar
de uma saudável "urinada" noturna!
Sim, eu sou pelo direito da mulher
ser mulher sem precisar parir! Eu sou pelo direito de ser livre, de gerir o
próprio ventre, de viver como se apraz sem se sacrificar a concepções machistas
que devotam a mulher a obrigação de ser hospedeira de herdeiros, mães zelosas e
reprodutoras.
Sou pelo direito de romper limites,
de viver de forma plena essa única existência que temos, sou pelo direito de
ter prazeres carnais sem medo do padre, do papa, da igreja ou da sociedade.
Sou pelo direito de ser hedonista e
sincera comigo mesma! Sim, hedonista! Sim, ter prazer e aproveitar essa vida
como se fosse a ultima e a única, porque, quem lhe garante outra? A mim, ninguém!
Sou pelo direito de gozar, gritar,
gargalhar e não ser comandada pelos (pré) conceitos de uma sociedade medíocre
que é tão infeliz que precisa julgar o outro e lhe atirar pedras para se sentir
um pouco menos insignificante e fazer de conta que sua existência regrada e sem
graça tem algum sentido. Sou pelo direito de viver e deixar viver.
Sou pelo direito de ser quem sou e
permitir que todos sejam como são: cada um com sua individualidade, mas com a
felicidade e contentamentos plenos em comum! E aí, você é realmente livre e
feliz? Bem, eu sou e quanto ao seu julgar e preconceitos? Fodam-se, quem sabe
assim você goza e para de cuidar da vida alheia! É o que eu desejo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de outubro de 2015.
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