As belas
exceções.
Em três décadas de existência eu aprendi que o que justifica
meu amor à vida, são as exceções. Sim, aqueles 2 dentre 20 ou mais me dão
esperança, geram minha fé na humanidade! Aqueles, quiçá, menos de 2 dentre 20,
me chamam a atenção, me despertam admiração e prezar. Aos demais, dou meu
respeito, educação e cordialidade, mas não tocam minha alma.
Enfim, a regra, a maioria? A regra é banal, julga pelas
aparências, sobrenome e hectares, a regra investe no corpo e tem a mente vazia,
a regra é preconceituosa, vai à igreja aos domingos e trata mal os menos
abonados, os morenos, os simples, os incultos, os humildes, os gays.
A regra gosta de roupas bonitas, mas não tem educação, classe
ou finesse. Enfim, a maioria não vale uma unha quebrada! Ah, mas as exceções!
Me excitam, me inspiram, fazem meu coração vibrar! E pra suportar todo o resto
existe a gordura animal, o álcool e o Prozac, porque droga, se supera e se
tolera com droga. Com o perdão dos hipócritas, obviamente!
Todos já vivenciamos amores
de droga, amizades de droga, já tivemos um trabalho de droga e já os superamos com
alguns excessos que alguns especialistas chamam de “droga” no sentido literal
do termo. A questão é que arrependimento não serve pra nada, auto piedade menos ainda.
Nunca se arrependa do que fez no passado, não tenha pena de si mesmo e se
desapegue daquilo que outrora "não deu certo". Carregue consigo o doce do aprendizado e dispense o amargor do recalque.
Siga adiante sem legar ao outro os seus medos e traumas, do contrário você só
irá estragar novas e promissoras oportunidades. Do contrário você só irá
ignorar a exceção por conta de uma regra estupida que você vivenciou.
E sabe por que eu digo que
foi regra? Porque se fosse exceção não tinha terminado, se fosse exceção não iria
ferir, não iria doer. Se fosse exceção você teria valorizado, você teria
respeitado e não deixaria partir. Agora, se era e você não valorizou, então, o
problema é todo seu!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 17 de outubro de
2015.
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