Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Sobre o belo, o bom e o rico.

Sobre o belo, o bom e o rico.

Todo ser humano gosta do belo! Todos gostam de conforto, de luxo. Até quem tem mau gosto gosta do que é chique e bonito. A questão, porém, é quão feliz se pode ser tendo beleza, conforto, luxo e dinheiro, sem que haja o fundamental: o amor, o afeto, o diálogo inteligente, a cumplicidade, a troca sadia e humilde de experiências e opiniões!
Sem isso, não existe tranquilidade e sem ela não há paz de espírito e sem paz de espírito todo luxo, todo dinheiro do mundo, toda a beleza são inócuos. Ou seja, não tem utilidade alguma. Antes de ter o que é belo ou ter uma bela aparência exterior, para ser feliz, o ser humano precisa ser belo.
A verdadeira beleza se esconde onde poucos vão, na humildade, na sabedoria, na alma, na capacidade de reconhecer erros e buscar o conhecimento, na busca constante pelo fim da ignorância. A beleza está na gentileza, na afabilidade, na doçura!
É, portanto, possível ser feliz na vila, na casa pobre, comendo mortadela no café e ovo frito com pão e água no jantar, desde que haja dentro do coração paz, alegria e contentamento e, só é contente quem tem aquilo que o dinheiro não compra e as câmeras fotográficas não revelam: um belo, grande e sábio coração, uma doce, contente e serena alma!
Tenha você todo dinheiro do mundo e nenhuma inteligência emocional, seja você uma pessoa arrogante, uma pessoa chata, desagradável, alguém que espera dos outros mais do que lhes dá: você será rico, mas continuará sendo uma merda de ser humano, mesmo podendo residir ou ir aos locais mais belos do mundo!
Dinheiro só ajuda quem já tem o que ele não compra. Do contrário, não tornará ninguém melhor do que é, apenas o fará um coitado, porém rico. E, convenhamos, que nada pode ser mais ridículo do que uma pessoa rica ou bela que de atraente só tem o bolso ou a aparência!
Perdoa-se, facilmente a estupidez e a ignorância do pobre, não a do rico. Passa despercebida a burrice do feio, não a da pessoa bonita. Algumas benesses, quando não acompanhadas de outras virtudes, se tornam uma maldição e fazem da criatura objeto de escarnio, asco e, algumas vezes, piedade alheia.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de outubro de 2015. 

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