Contra a ignorância: leitura e informação.
Você percebe que é feliz quando acorda pela manhã, se espreguiça, sente
uma paz lhe invadir e conclui que não trocaria seu cérebro e sua alma por
riqueza material alguma no mundo! Percebe que estudou, leu e foi humilde o
suficiente para aprender e que não depende de conselhos do papa, do
"doutor", do pastor ou de sei lá eu quem para agir de forma afetiva e
racionalmente adequada, percebe que ter recebido mais amor, atenção e diálogo
do que mesada lhe tornou uma pessoa sensata, humilde e feliz! Ah, isso é ser
completo!
Quando você analisa o seu futuro e conclui que seu sonho para o período após
a aposentadoria é fazer faculdade de Psicologia e Filosofia, você conclui que
está rumando à evolução. Sabe por quê? Porque a gente só deve deixar de
aprender quando morre! Uma mente ativa não atrofia.
O corpo perde o ritmo, o viço e a firmeza, mas o cérebro deve ganhar. E
se eu tenho um plano para a minha velhice, além de viajar, está estudar mais e
ler os livros que os tempos de correria não me possibilitaram ler. Quero morrer
aprendendo e evoluindo!
Tenho, portanto, total repudio àquelas pessoas que dizem que são de
determinada forma e “ponto final”. Que não são boas em determinados aspectos,
que não gostam de ler e que nunca leram um livro e, ainda, falam com certa arrogância
sobre a sua ignorância gritante.
A leitura, o estudo, inclusive da história, abre a mente da pessoa, lhe
faz evoluir e deixar de ver a vida sob um ponto de vista estupido, arrogante e
tacanho. Mas, infelizmente, existem pessoas que acham que, porque são riquíssimas
ou lindíssimas, não precisam evoluir em outros aspectos.
Gozam da seguinte crença: “Eu tenho o que de mais importante há, não preciso
mudar, sou assim, sempre fui e sempre serei.” Aham, e sempre será mesmo, um ser
ignorante, tolo e arrogante que acha que conta bancária e corpo são suficientes
para fazer alguém se sentir bem ao seu lado.
Eu, por minha vez, sei que nada sei, sei que, em matéria de conhecimento
neste vasto universo, sou apenas um grão de areia, todavia, saber disso, me
coloca em vantagem frente aos que acham que sabem tudo e que não precisam
aprender mais nada.
Eu, um dia, aprenderei, lerei, crescerei, me informarei e eles
continuarão de braços cruzadores, amargando solidão e gastando dinheiro,
porque, meu amigo, ninguém aguenta a companhia de gente ignorante que acha que
compra a admiração alheia com fartura, ostentação e grana. Não compra e é por
isso que se queda só, porque, nos dias de hoje, não estudar, não ler e não se
informar é uma questão de opção.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 02 de outubro de 2015.
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