Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Só se ama o que se admira.

Só se ama o que se admira.

Só se ama o que se admira o resto é confusão mental! Todavia, ao conhecer alguém é fundamental que se verifique quais são os valores morais da pessoa, se há afinidade com os seus, pois, do contrário o outro não irá lhe valorizar e admirar e nem você a ele.
As pessoas, mormente as intelectualmente arrogantes, não valorizam virtudes que desconhecem. Se algo não é virtuoso para mim, não "existe" no meu universo mental, consequentemente, eu não irei "reconhecê-lo" no mundo. Se eu não gosto de violão, pouco me importará se meu namorado toca bem ou não, se eu não gosto de ler poesias, não irei dar atenção ao fato de ter um parceiro poeta, se eu não sou materialista de nada me adiantará um parceiro cujo foco na vida é o bolso, enquanto a cultura é parca ou nula.
Logo, quando se vê um casal junto há longa data é essencial que se saiba que entre o par existem afinidades intelectuais, morais e mentais. Ninguém vive ao lado de quem não admira, de quem não lhe faz bem e com quem não é afim consigo. E, caso viva, não é por amor, mas por qualquer outra razão vil ou tola como, por exemplo, interesse e necessidade.
Aliás, uma forma de conhecer o pretenso parceiro é, portanto, averiguar o nível intelectual e moral das pessoas com quem ele se relacionou, das pessoas que ele amou e escolheu para chamar de "sua". Via de regra, assim você verá o que esta pessoa valoriza e, consequentemente, se você está em tal "padrão". Bem ou mal o nosso passado amoroso, sobretudo as relações duradouras, revelam as nossas escolhas e predileções e, portanto, revelam quem somos.
Nós somos um pouco de cada pessoa com quem nos relacionamos, nós somos cada escolha feita, nós somos o resultado de cada pequena ou grande frustração. O nosso “eu” presente se compõe de pedaços singelos do nosso passado. Não se pode, em hipótese alguma e por mais “bonito” que pareça, olvidar plenamente do que uma pessoa viveu.
As pessoas com quem convivemos, as escolhas que fizemos, obviamente, revela quem fomos ontem, mas também revela um pouco de valores imutáveis. Sim, existem princípios e valores que não se extinguem em nós. Podemos aprender, crescer e amadurecer, mas a nossa “base” moral se mantém, logo, é uma hipocrisia tremenda dizer que o passado não tem importância alguma. Pode ser que não tenha no dia a dia, mas tem para conhecermos um pouco de quem o outro foi e do que ele se tornou.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 05 de outubro de 2015.

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