Gostar ou não gostar? Eis a questão.
Nas relações interpessoais o seu arbítrio aumenta
na medida em que o seu prezar pelo outro diminui. Nada escraviza mais do que o
"gostar" profundamente de alguém, assim como nada nos libera a alma
como um amor correspondido.
Portanto, o gostar, por si só não nos enaltece, não
nos alegra ou nos faz bem. O segredo não é amar, o segredo é amar quem lhe ama,
porque o resto, se não perda de tempo, é perda de vida.
Essa coisa de gostar lhe torna vulnerável e, não raras
vezes, inseguro. Quando você gosta, você baixa a guarda, você procura, você
demonstra, você se importa e o “se importar” lhe enfraquece, lhe sujeita às
intenções do outro.
Quando, por qualquer motivo que seja, você gosta de
alguém ou se apaixona por alguém você age como bobo. A paixão traz consigo
certa bobeira e ser bobo, meu amigo, não é legal.
Todavia, dois bobos juntos formam uma dupla e
tanto! Então a questão não é nunca querer gostar de alguém, a questão não é
nunca se apegar, mas escolher a quem se apegar e fugir do tal do gostar em casos
de inexistência da reciprocidade.
Nem sempre você consegue, relacionamentos não são cálculos
matemáticos, mas uma relação começa com dois, nunca com um só. Quando você gosta
sozinho, você não tem uma relação, você tem um inferno astral, você tem uma
doença!
Faça o que for, procure remédio, procure ajuda
médica, mas não se permita viver um sentimento sozinho, porque esse é o maior desperdício
de vida que você pode cometer. É um crime contra você mesmo. Reaja e entenda:
sem reciprocidade nada vale a pena.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 04 de agosto de 2014.
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