Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O maior ideal.

O maior ideal.

Eu acho um tédio essa afirmação de que “ninguém é perfeito”, embora tal fato seja tão certo quanto a morte. Ocorre que as pessoas, via de regra, usam essa afirmação para justificar burradas enormes. “Tá bom, eu fiz isso, mas ninguém é perfeito!”. Detesto essa interjeição.
Sei lá, parece que quem fala isso quer dizer: “Olha, eu cometi esse erro, mas eu sou muito bom, melhor do que eu ninguém será, afinal, pessoa alguma é perfeita, portanto me perdoe.” Como se a gente precisasse de perfeição pra ser feliz! Uma pessoa que tente não cometer erros homéricos já está de bom tamanho. E, sobretudo, uma pessoa que não justifique suas mancadas com chavão de quinta categoria. Oh, glória!
A gente não carece de companhia perfeita, a gente não carece, sequer de ser perfeito para ser feliz, mas o perfeccionismo que judia, também é uma virtude. Perfeccionistas se sentem muito mal frente ao fato de não conseguirem o melhor que desejam. Disso eu gosto!
Meu amigo, você não precisa ser perfeito, mas tentar agir de forma eximia e perfeita não é errado! Claro, se deprimir e imergir-se num quadro depressivo e descontente pelo fato de, tentando acertar, ter errado, não é legal, não é necessário. Mas tentar acertar, tentar dar o seu melhor e ser o melhor que você pode ser é preciso!
O mundo seria muito melhor se as pessoas, ao invés de consolar-se com a imperfeição generalizada, inerente a espécie humana, se esforçassem para ser melhores e, porque não dizer, ter um agir perfeito, sem ter a paranoia esquizofrênica de ter que conseguir isso a todo custo.
O primeiro passo para ser excelente em algo ou numa relação é tentar ser. Conformar-se de que homem algum pode ser excelente marido em tudo ou que mulher alguma será a esposa perfeita não ajudará você a ser melhor, apenas irá lhe conformar no melhor estilo “eu não sou o máximo, mas ela não vai achar outro que seja.”
Até você entrar com a bunda e a mulher com o pé e, algum tempo depois, ambos os pés a levarem até um sujeito muito mais esforçado do que você. E esforço é o primeiro passo da superação e da apregoada perfeição!
Eu acho estranho o mundo, porque a perfeição moral é rechaçada por todos, enfim, todos dizem que ela é inatingível, que ninguém pode ser perfeito. Todavia, as revistas da moda estão cheias de dicas de alimentação, plásticas e exercícios para se conquistar o “corpo perfeito”. Em que pese, ao meu gosto, esse corpo grande, demasiado musculoso que está na moda, não seja perfeito, mas vem fazendo a cabeça das mulheres e dos homens atualmente. Gosto, cores e amores, não se discutem!
Não importa, no caso, o meu gosto ou o seu, importa o seguinte: porque se fala em possível perfeição física e não moral? Se pensarmos que todos somos diferentes, veremos que o perfeito para mim, será imperfeito para você, tanto no aspecto moral e espiritual, quanto no estético.
E isso é verdade! Todavia, as pessoas são semelhantes em algumas predileções, em que pese nem sempre ofereçam as virtudes que buscam: todos gostam de carinho, de honestidade, de lealdade, de fidelidade, de sinceridade, de educação, de amor, de competência profissional, de sexo, inclusive. Quem não gosta de alguma dessas coisas citadas é hipócrita, ou por negar que gosta, quando gosta, ou por dizer que gosta, quando dispensa, o que é o caso da sinceridade, que a maioria enaltece, mas não aguenta.
Eu acho que toda busca pelo aprimoramento, seja físico, psíquico ou moral é válida. Eu acho que ter um ideal de perfeição a ser buscado, desde que você não se torne uma pessoa cheia de “nóias” e chata, é interessante. Se você não crer no melhor, você nunca o irá atingir e, em minha opinião, o melhor é o perfeito. Perfeito dentro das suas possibilidades.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 28 de agosto de 2014.

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