Romantismo, me dê licença!
A gente não deve estender as nossas frustrações aos
outros, mas, por outro lado, analisar certas circunstancias com mais ceticismo
faz parte da maturidade. Exemplo disso é o tal do “amor eterno”.
Depois de ficar mais de cinco horas no salão, lendo
todas as revistas “Nova” lá disponibilizadas, me assusto: são casais jovens,
muito jovens, cheios da crença de que encontraram seu único e verdadeiro amor.
Eu acredito no amor, sobretudo, eu acredito nessa
pueril sensação de ter encontrado o amor da vida da gente! Acontece que, sem
querer desapontar ninguém, mas a gente não sente isso só uma vez na vida. Talvez
a gente sinta isso com mais esperança e fé no ser humano uma vez apenas, mas
essa coisa de amor, acredite, não é como virgindade que a gente só tem e perde
uma vez na vida.
Existem novos amores após os amores passados e
existirão novos amores após os amores futuros. É normal amar e acreditar que
todo o sentido da palavra amor se esgota naquele seu relacionamento, que não existirão
outros. Acontece, querida, que isso é uma sensação, não significa que seja uma
realidade.
Quando você ama você só quer aquela pessoa, você só
se imagina com aquela pessoa, você nem vê a sua existência num futuro sem ela.
E, cá entre nós, essa sensação ó ótima! Mas, como dito, não passa de uma sensação
que revela nossos instintos românticos.
A verdade é que existe vida longe daquela pessoa,
existem outros romances, outros amores e novos sentimentos. Não confunda o seu
romantismo com a realidade da vida, ou, lamento, você vai terminar capotando
numa das suas curvas.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 18 de agosto de 2014.
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