Merecida intolerância!
Intolerância é algo que a gente se dá ao luxo de
ter. É preciso conquistar muita maturidade e amor próprio para se dar ao
direito de não aceitar certas coisas. Ser tolerante é uma virtude, mas tolerar
tudo e todos, só lamento, é carência.
Com o passar do tempo a gente aprende que, não
raras vezes em nosso passado, aceitamos o inaceitável, porque precisávamos de
algo. De companhia, de atenção. Enfim, porque estávamos carentes de autoestima.
Com certa maturidade a gente impõe limites até na
nossa tolerância: pessoas com este perfil eu aceito, eu curto, pessoas que agem
desta outra forma eu não aceito. Quem age desta forma eu gosto, eu fico perto,
de quem age daquela outra forma eu fujo.
O “ser intolerante” exige uma boa dose de
segurança, de força interior e, principalmente, de maturidade. Eu não falo
dessa intolerância grosseira e grotesca, que nada aceita e com tudo se revolta.
Eu falo da intolerância calma e implícita na maturidade.
Falo de quem, tendo algumas experiências de vida,
chegou à suas conclusões a respeito do que aceitar, desejar, sonhar, ansiar e,
inclusive, não tolerar nas pessoas e vindo delas.
Tudo nessa vida requer merecimento, logo, é preciso
merecer se tornar intolerante, é preciso ter vivido, aprendido, evoluído e
crescido para saber que muitos dos atos alheios que nos aviltam não devem e
tampouco merecem serem por nós tolerados.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 13 de agosto de 2014.
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