Não se fazem...
Eis que vivemos num mundo em que, o que de mais
difícil que existe, é ser diferente, quebrar paradigmas, querer mais do que se
habitou a ser parco. Os homens desaprenderam o romantismo, as mulheres esqueceram-se
de se amar!
E não, não falo em liberdade sexual! Sexo é sexo,
conquista é conquista e ambos deveriam ser diários, porque se interligam e são
interdependentes. Você conquista e cativa a admiração e a alma, o resto é só
corpo e só isso não faz nascer apego em quem aprecia a si mesmo!
A vida está carecendo do bom diálogo, boas poesias,
rosas, olhares para a lua, pegadas de mão, beijos e admiração mútua! No mundo
atual quem não recebe atenção galanteia e quem recebe não sabe como agir!
Tempos modernos, pessoas se aproximando virtualmente e se distanciando no mundo
real e tudo da forma mais insossa possível!
Ando numa fase de “saudade do que ainda não vi”
como dizia a musica. Filmes, música e homens com “h” maiúsculo não se fazem
mais, estamos vivendo uma época carente de romantismo, de gestos doces, de
galanteio.
Rosas só são enviadas em datas comemorativas, o
sujeito se aproxima virtualmente da mulher e vai logo perguntando se ela “mora
sozinha”, se “gosta de beijar” e idiotices do tipo. Poesia, elogios de
fundamento? Não se vê por aí.
É tudo no tal do “quero sexo” e havendo sexo, não há
mais conquista. Há uma grande generalização por parte dos homens quanto a
conduta feminina, como se nenhuma mulher merecesse algo além do vulgar dos
homens.
Fato é que muitas mulheres não querem um homem romântico,
não dão a mínima para a tal da conquista e etc.. Mas existem as que dão, assim
como existe homem que também é romântico em algum lugar deste vasto mundo, o
problema maior é que está tão raro o discernimento das pessoas que ambos correm
o risco de morrerem sós!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 20 de junho de 2016.
Oi Cláudia, muito interessante o seu post, nele você compartilha um contexto que oferece muitos pontos de abordagem e reflexão.
ResponderExcluirPenso que grande parte da Humanidade mostra-se facilmente influenciável diante dos estímulos dos principais agentes formadores de opinião da atualidade.
Com baixíssimo nível de interesse e preocupação em compreender quem são e o que buscam, muitas pessoas sujeitam-se aos moldes oferecidos por estes agentes, aderindo também às limitações destes modelos nas mais diversas conjecturas do seu cotidiano e das suas relações.
Na era dos produtos descartáveis corremos o risco de também observar uma Humanidade profundamente aderente a este modelo, que se limita a formar relacionamentos da mesma natureza, onde não se conserta nada e aquilo que deixou de funcionar bem ou ficou obsoleto é imediatamente trocado por uma novidade.
Muitas relações tanto afetivas quanto profissionais estão assumindo esta mesma característica descartável e imediatista pois as pessoas passaram a adotar em seus relacionamentos os seus hábitos de consumo.
Deste modo, não cultivam mais relacionamentos-árvore que dependem de cuidados, interação mútua e visão de longo prazo para colher frutos, preferem então relacionamentos-alface que dá pra colher em 90 dias.
Tadinha da alface, fico até constrangido em usá-la de exemplo pois gosto muito desta hortaliça.
Assim, romantismo, carinho, compromisso e envolvimento com o outro não cabem mais neste kit combo para relacionamentos fast-food, basta somente espírito aventureiro na busca de novas sensações e prazer, sem compromisso.
Para algo além disso, demanda-se pessoas com competências para cultivar relacionamentos-árvore, elas existem, não são maioria, mas oferecem frutos saborosos e sombra aprazível em seu entorno.