Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 20 de junho de 2015

Não se fazem...

Não se fazem...

Eis que vivemos num mundo em que, o que de mais difícil que existe, é ser diferente, quebrar paradigmas, querer mais do que se habitou a ser parco. Os homens desaprenderam o romantismo, as mulheres esqueceram-se de se amar!
E não, não falo em liberdade sexual! Sexo é sexo, conquista é conquista e ambos deveriam ser diários, porque se interligam e são interdependentes. Você conquista e cativa a admiração e a alma, o resto é só corpo e só isso não faz nascer apego em quem aprecia a si mesmo!
A vida está carecendo do bom diálogo, boas poesias, rosas, olhares para a lua, pegadas de mão, beijos e admiração mútua! No mundo atual quem não recebe atenção galanteia e quem recebe não sabe como agir! Tempos modernos, pessoas se aproximando virtualmente e se distanciando no mundo real e tudo da forma mais insossa possível!
Ando numa fase de “saudade do que ainda não vi” como dizia a musica. Filmes, música e homens com “h” maiúsculo não se fazem mais, estamos vivendo uma época carente de romantismo, de gestos doces, de galanteio.
Rosas só são enviadas em datas comemorativas, o sujeito se aproxima virtualmente da mulher e vai logo perguntando se ela “mora sozinha”, se “gosta de beijar” e idiotices do tipo. Poesia, elogios de fundamento? Não se vê por aí.
É tudo no tal do “quero sexo” e havendo sexo, não há mais conquista. Há uma grande generalização por parte dos homens quanto a conduta feminina, como se nenhuma mulher merecesse algo além do vulgar dos homens.
Fato é que muitas mulheres não querem um homem romântico, não dão a mínima para a tal da conquista e etc.. Mas existem as que dão, assim como existe homem que também é romântico em algum lugar deste vasto mundo, o problema maior é que está tão raro o discernimento das pessoas que ambos correm o risco de morrerem sós!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de junho de 2016. 

Um comentário:

  1. Oi Cláudia, muito interessante o seu post, nele você compartilha um contexto que oferece muitos pontos de abordagem e reflexão.

    Penso que grande parte da Humanidade mostra-se facilmente influenciável diante dos estímulos dos principais agentes formadores de opinião da atualidade.

    Com baixíssimo nível de interesse e preocupação em compreender quem são e o que buscam, muitas pessoas sujeitam-se aos moldes oferecidos por estes agentes, aderindo também às limitações destes modelos nas mais diversas conjecturas do seu cotidiano e das suas relações.

    Na era dos produtos descartáveis corremos o risco de também observar uma Humanidade profundamente aderente a este modelo, que se limita a formar relacionamentos da mesma natureza, onde não se conserta nada e aquilo que deixou de funcionar bem ou ficou obsoleto é imediatamente trocado por uma novidade.

    Muitas relações tanto afetivas quanto profissionais estão assumindo esta mesma característica descartável e imediatista pois as pessoas passaram a adotar em seus relacionamentos os seus hábitos de consumo.

    Deste modo, não cultivam mais relacionamentos-árvore que dependem de cuidados, interação mútua e visão de longo prazo para colher frutos, preferem então relacionamentos-alface que dá pra colher em 90 dias.

    Tadinha da alface, fico até constrangido em usá-la de exemplo pois gosto muito desta hortaliça.

    Assim, romantismo, carinho, compromisso e envolvimento com o outro não cabem mais neste kit combo para relacionamentos fast-food, basta somente espírito aventureiro na busca de novas sensações e prazer, sem compromisso.

    Para algo além disso, demanda-se pessoas com competências para cultivar relacionamentos-árvore, elas existem, não são maioria, mas oferecem frutos saborosos e sombra aprazível em seu entorno.

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