Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 3 de setembro de 2011

Artificialismos e aparências

Artificialismos e aparências


Não tem seios fartos como a moça da revista? Coloque silicone! Não tem lábios carnudos como a Angelina Jolie? Faça preenchimento labial ou algo do tipo. Não tem os cabelos longos como a atriz da “moda”? Mega hair nas melenas, já! Não tem cílios longos, curvados e pretos? Coloque postiços, faça “permanente” (sim, existe isso!) e fique parecendo a viúva Porcina, a Sandy, a Juliana Paes ou a Paula Fernandes cantando em dia de gravação de DVD!
O mundo esta favorecendo de forma tão acirrada o artificialismo em prol da beleza e das aparências que, não raras vezes, me pego assustada com as pessoas e sua superficialidade. O conteúdo, o que é verdadeiro, real e dificilmente “mutável” foi legado ao segundo plano pela maioria dos seres humanos.
Não importa mais o que “se é”, mas o que “se aparenta ser”, não importa o que “se sente”, mas o que “se aparenta sentir”, tudo pode ser falso, desde que aparente ser bonito, conveniente ou interessante aos olhos do “julgador” cuja essência é tão superficial quanto a daquele que julga (se é que a possui!).
Não importa quem o sujeito é se o carro dele é caro e moderno, não importa como a moça vive e nem o que pensa se o glúteo for avantajado, os seios fartos e o cabelo longo, não importam o coração e a alma se o individuo for rico e ganhar muito dinheiro por mês, não importa o que ele faz, como vive e nem o amor que ele tem ou pode lhe dar, desde que tenha a carteira cheia, não há relevância se a mente é vazia.
Este mundo de artificialismo, de superficialidades, de futilidade imperante esta se tornando infame, desprezível, vazio e triste. É impossível fugir da solidão quando você se sente perdido no mundo, aliás, a solidão se torna um refugio, um lugar seguro, palpável, verdadeiro, onde, ao menos, você tem a certeza de que não será iludido, enganado e malbaratado por quem acha que ser “esperto”, belo, “bom” ou “poderoso” é ter virtudes meramente “aparentes”.
Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 03 de setembro de 2011.

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