Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 4 de setembro de 2011

O "cortejo da insanidade" nada insana.

O “cortejo da insanidade" nada insana.


Alguns gestos, palavras e pensamentos ficam muito bonitos em poemas, em músicas, em rimas, mas no mundo real são absurdos e, até mesmo, perigosos. Cantou a Legião em sua bela letra chamada “Sereníssima” a frase que caiu lindamente na letra: “Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade (...)” e segue, a letra é bastante profunda e agradável, todavia esta atitude é um tanto maléfica no mundo real.
Ok. A questão é que as pessoas que pretendem sentirem-se mais equilibradas ou melhores cortejando o desequilíbrio alheio, os atos equivocados ou até mesmo as atitudes demasiado espontâneas dos outros para, assim, se sentirem melhores e superiores a eles são falsas, traidoras e psiquicamente fracas.
Eu conheço pessoas assim, todos devem conhecer alguém que age de forma hipócrita e asquerosa. Para elas os atos alheios são sempre mais vis, desprezíveis, errôneos, insanos e piores do que os delas, então, para sentirem-se bem consigo mesmas, elas fomentam tais atos, elas dão força para eles ao mesmo tempo em que criticam quem agiu para mostrarem quão “superiores, decentes e corretas” elas são.
Você é aquele que faz loucuras, que segue seus instintos, que age com espontaneidade e transparência, você é aquela pessoa que não precisa “se fazer de santa” para ter amor-próprio, você se respeita, sabe que erra, aprende com seus erros e não se arrepende do que fez desde que tenha tido prazer com a decisão e atitudes que tomou.
Sim, fazer loucuras e seguir instintos não faz de você uma pessoa louca, mas autoconfiante e espontânea, todavia, aqueles coitados que querem se sentir bem erigindo seus atos e pensamentos a categoria de “insanos e imorais” fazem disso um prato cheio para conseguirem obter certo equilíbrio, enquanto acham que “cortejam” a sua insanidade e “imoralidade”.
Miseráveis, coitados! Insanos são eles que não sabem quem realmente são nesta vida, que se perdem entre um moralismo caótico, porque “herdado” e seus instintos animalescos, humanos, porém recalcados. Insanos são eles que querem parecer sobre humanos, superiores, enquanto cometem erros mais graves que os seus, enquanto fazem escolhas mais vis, mais abjetas, mas, para não admitir que são errantes, serão as suas atitudes, confusões, erros e atos instintivos que elas criticarão para, apenas assim, conseguirem se sentir melhores, envaidecidas e fortes. (Povero diavolo che pena mi fa!).
Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 04 de setembro de 2011.

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