Game over, darling!
É, demorou, mas adquiri a convicção de que sou uma mulher para poucos e raros homens, não por ser especial ou ter qualquer coisa de “extraordinário”, mas, simplesmente, porque são poucos os homens capazes de me entender, por mais espontânea e sincera que eu seja.
A maioria dos homens hoje em dia, sejam eles jovens ou velhos, se acostumou a ter seu ego inflado pelas madames, habituou-se a mulheres que, antes de iniciar um relacionamento sério, correm atrás, ligam, mandam mensagens, vão aos locais em que o sujeito que lhe interessa costuma ir, etc.
Eu não sou assim, talvez porque eu seja realmente transparente e “conte” com a inteligência do sujeito que tem algum interesse válido e sério em mim, afinal desprezo ignorância e burrice. Ora, penso eu, se eu fiquei horas conversando, se retribui o beijo e fui carinhosa não é óbvio o fato de que eu gostei ou gosto do sujeito e tenho vontade de ficar ao seu lado? Então, porque eu irei telefonar, mandar mensagens, recados em sites, MSN e assemelhados se ele tem meu telefone e até endereço? Não, eu não faço isso, me recuso a tomar tais atitudes desesperadas.
Se o cara não é nenhum asno inseguro ele sente que eu gostei dele e age! Neste ponto, dentre outros de minha personalidade, eu sou machista: óbvio ficou meu interesse, lógico fica, a meu ver, o fato de que cabe ao homem dar os demais passos, do contrário eu me recolho e desisto: apago número de celular, endereço eletrônico, MSN, e fico na minha, esperando alguém com brio, afetuosidade e inteligência surgir, afinal, sou emocional e financeiramente independente a ponto de saber ser feliz sozinha.
Não telefono, não mando mais mensagens, não mendigo atenção e nem apreço depois que a amizade ou a interação fez “surgir” beijos e carinhos. Meus atos falam por mim de forma que, um homem seguro e inteligente, saberá interpretá-los e, se realmente ele estiver interessado em mim, vai vir atrás, vai ligar e dar seqüência ao momento da conversa, risos e beijos, porque percebeu que eu também desejo isso, caso não haja desta forma, ou é porque é burro demais para compreender uma mulher decente e com amor-próprio ou, simplesmente, porque ele não quer nada sério com uma lady que despreza relações superficiais. Game over, darling!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 09 de setembro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.