Siga adiante!
Algumas pessoas não se importam, entenda isso. Algumas pessoas são incapazes de pensar em você, nos seus pesares, na sua dor, nos seus sentimentos, elas não tem compaixão, pensam como se apenas elas fossem humanas, logo capazes de sorrir e chorar. Você e o resto do mundo não lhes importam, apenas quando lhes convém.
Mentirosos são mentirosos, eles não mudam. Quem lhe enganou uma vez, quem fez você esquecer-se de si mesmo e de sua racionalidade em prol dele fará isso novamente, com outra pessoa ou com você mesma, se você permitir, é claro. Eles são persuasivos, dominam a arte asquerosa do engano, da mentira. Você se magoa e sofre, eles não, você vê amor, realização de sonhos, eles não. Você tem uma mente e um coração, eles têm interesses, são doentes.
Não seja bobo, eu sei que você pode lhes dar uma segunda, terceira ou quarta chances, mas eu sei que a possibilidade de você se frustrar e se machucar em todas elas é muito maior do que a daquilo que sempre deu errado vir a dar certo. Tente, ao menos, ser realista: confie mais em si mesmo, se o problema da relação era você, talvez tudo possa mudar, afinal você sabe o que quer e se conhece, mas se o problema era o outro, por favor, não coloque seu coração a prova, não confie e nem se entregue tanto.
Quem enganou uma vez costumeiramente enganará de novo, não seja tão otimista, acredite se quiser, mas poupe suas energias e esperança, afinal, quanto maior a expectativa e a elevação de ânimo, maior a queda, maior a decepção. Todo homem pode mentir, o que muda são os motivos, todos mentem, esta é a verdade, mas nem todo mundo é mentiroso contumaz, nem todo mundo é mestre na arte de iludir corações e enganar as pessoas sem sentir culpa nem compaixão, anime-se, nem todos são psicopatas ou “estelionatários afetivos”!
Eu sei que é triste desistir de qualquer decisão tomada, principalmente das afetivas. O homem de bom coração não se conforma por ter feito uma escolha tão errada, tão torta e insiste em optar pela mesma escolha na esperança de um dia poder respirar com alivio e dizer para si mesmo: “Eu não fui tão tola, no fundo ele sempre foi bom. Eu sabia!”. Eis um misto de orgulho, imaturidade e desejos comuns em “paixões bandidas”. Todavia, errar é humano, teimar no erro é estupidez. Resigne-se, seque as lágrimas e mude de energia, se aceite só e desista de quem apenas soube lhe mentir, trapacear e enganar, abra mão de quem jogou com seu coração. É impossível acertar sempre, entretanto, como disse o filósofo Friedrich Nietzsche, o que não serve para nos matar, nos fortalece. Siga adiante com a maturidade obtida e não olhe para trás, porque é no futuro que você vai passar a sua vida (como disse alguém que não me recordo quem ou “o que” tenha sido).
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 09 de setembro de 2011.
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