Evolução e novos valores das “não novas” mulheres.
Nenhuma mulher com quase 30 anos, que colecione algum sofrimento afetivo, um ou mais divórcios, que seja exigente o suficiente para preferir ficar só a estar “não muito bem acompanhada” (sim, a seletividade aumenta e mulheres maduras e bem resolvidas nem cogitam do “mal acompanhadas”), é plenamente inocente ou tola.
Claro, a gente pode conservar aquela “mania” de confiar nas pessoas, afinal todo ser humano julga os outros por si mesmo, todavia, não desejamos mais conquistar amores e companhias por sermos “quase-virgens”, recatadas e abstêmias como éramos dos 19 ou 25 anos. Com a maturidade a gente quer uma companhia que se encante pela nossa personalidade forte, pelas nossas atitudes e pelo destemor que temos de fazer o que bem entendemos quando desejamos, é claro.
Antes de casar você acha que os homens devem valorizar a sua fama de “boa moça”, de mulher recatada, o que não é de todo ruim, já que você sempre se valorizou, todavia, depois de alguma dor, separações, muito aprendizado, alguns porres e outras mancadas, a sua visão de mundo muda e a sua auto-estima alavanca e sobe ou declina e some.
Ademais, após casar com um homem maduro você vai ver que ele nunca ligou para a sua bela fama de “quase Deusa”, mas para sua inteligência, forma humorada e decidida de ser, bem como no que você representou para ele, e, sinto informar às frigidas: no que você era dentre quatro paredes, o que, é claro, ninguém precisa saber fora delas.
Mulheres podem se casar por interesse financeiro, homens inteligentes casam, nove em dez vezes, por interesse em “bom trato” sexual, os que não optam por isso, são infiéis e infelizes, quase tanto como são as mulheres interesseiras que acham que marido é banco. A vida ensina que quase todos afirmam que casam por “amor”, mas homens e mulheres não amam pelas mesmas razões.
Eu sempre preferi o que sobe e evolui ao que decresce e piora. Como cantou a nobre Rita Lee “não sou freira, nem sou puta”. Com quase 30 anos e alguns sofrimentos vividos você não precisa ser ou “fazer-se” de santa, tampouco precisa degradar-se e agir como uma vagabunda, transando com desconhecidos sem pensar antes de agir, sem sentir fortes afinidades, simpatia, atração. Com tal idade você tem que possuir personalidade suficiente para não querer trapacear no jogo da vida: você é quem você é, nem melhor, nem pior e quem quiser amar-lhe vai lhe valorizar por ser você o resultado de suas experiências, sejam elas boas ou ruins, alegres ou tristes, realizadas ou frustradas, mas, certamente, aprendidas por alguém que adquiriu mais conteúdo, amor próprio e sabedoria em sua trajetória de vida.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 06 de setembro de 2011.
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