O pior vício
As pessoas se habituam ao que gostam e viciam no que lhes faz bem sem que precisem fazer esforço, sem que precisem refletir, se dedicar, ter compaixão ou pensar nas conseqüências. O vício pressupõe três coisas: o ato de “experimentar”, o gostar, e a repetição que gera o hábito.
Não falo de vícios em produtos químicos lícitos ou não, me refiro mais especialmente ao vicio em certas atitudes, em atos desonestos, tolos, falsos, egoístas, mas que “satisfazem” seu “autor” que consegue o que deseja e olvida do efeito de suas ações na vida ou na alma das outras pessoas.
De todas as atitudes malévolas e “viciantes” a mentira é a mais perigosa, a mais letal, não tanto para quem a comete, mas para suas “vítimas”. O sujeito só se habitua e, conseqüentemente, se vicia em mentir porque ele consegue o que quer enganando os outros, porque a sua mentira “dá certo”.
Todavia, roubar, dar calotes (estelionato) e, até mesmo, matar pode “dar certo”, mas além de atos imorais, são ilícitos. Nem tudo o que satisfaz ou dá resultado “fácil” é bom, pelo contrário, em longo prazo é ruim para quem age e para quem é vitimado por suas atitudes. No final, nem o crime, nem a mentira compensam.
O fato triste em questão é que, uma vez que a pessoa se torna mentirosa, ou seja, mente uma, duas, três ou mais vezes e se sente bem com o “resultado” de seu agir, ela nunca mais perderá este hábito. A mentira é um vício que não se larga.
Todas as pessoas mentem, mas quando passam a mentir “sempre” e com a intenção de obterem lucro ou prazer à custa dos corações alheios e de sua boa-fé, elas nunca param, obviamente, irão mentir que jamais vão lhe enganar, mas se você lhes der ouvidos, elas já estarão lhe enganando. Acredite, mentirosos não mudam! Dificilmente uma pessoa muda, mas os mentirosos não mudam nem na hora do desencarne: morrem mentindo, assim como viveram.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 14 de setembro de 2011.
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