Bem “eu”
Eu não disfarço e não me disfarço. Encho o copo, o prato, os olhos, esvazio os bolsos, esvazio o estomago, mas encho a mente! Mente vazia? Jamais! Sou a moça do copo cheio, sou a moça de pouca vergonha, mas de certos pudores, de decência bem moldada.
Sou a moça imprevisível que sente preguiça de sair de casa quando não ama, que não tem vontade de fazer nada que não seja por paixão. Sou a estranha no ninho, o ninho no lugar estranho, sou eu, enfim, e poucos se importam com isso, mas, quer saber? Estou bem assim, eu não me importo!
Não me importo com o que pensam a meu respeito porque descobri que este é o primeiro passo rumo à insanidade: querer agradar a todos, ainda que sejam aqueles que me amam.
Principio do prazer? Egoísmo? Não sei, não me interessa. Creio que o primeiro passo para ser feliz no amor é amar a si mesmo. Enfim, a dona desta vida do lado de cá sou eu e eu vivo “a” vivo como quiser, não me importam os olhares, as criticas e as reprimendas, quem paga as minhas contas sou eu.
Se eu for ligar para o que os outros forem pensar não vou à missa, não vou à boate, não bebo leite, não bebo vinho, não lavo os cabelos, não sujo os cabelos, não uso vestido, não uso calça, não uso saia, não uso bermuda. Os outros nunca se contentam, os outros nunca estão felizes quando o assunto é a vida alheia.
Quem vive pelos outros morre infeliz na própria vida, então eu revolvi apenas respeitá-los, mas jamais deixar de fazer o que me contenta em prol de pessoa alguma. Vida, cada um cuida da sua. Eu da minha e os outros das suas, eu não me intrometo nas deles, nem permito que eles se intrometam na minha. E ponto final.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 10 de outubro de 2013.
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