Borracha e lápis mágicos.
Eu queria ter uma borracha e um lápis mágicos para poder apagar alguns fatos da minha memória e escrever outros em seu lugar. Eu queria poder apagar as sérias más escolhas que fiz graças às mentiras que acreditei, queria apagar tudo de ruim que já me envolveu e tudo de ruim com o qual me envolvi.
Eu queria escrever um novo ontem, queria não ter conhecido muitas pessoas que conheci e queria ter apagado do meu interior a boa-fé e a inocência que me colocaram diante de seres humanos que eu não queria ter conhecido, trabalhado, convivido, confiado ou amado.
Eu queria apagar a sujeira do mundo, em especial as pessoas sujas que inocentemente eu achava que eram limpas. Eu queria riscar as mentiras que ouvi e acreditei, eu queria apagar de minhas lembranças o arrependimento pela confiança não merecida que eu dei. Como eu já quis ter escrito esperteza onde havia pureza, força onde havia carência, coragem onde havia medo!
Eu queria apagar as pessoas que me feriram quando diziam que me amavam, queria apagar e riscar aquelas que na distância querem, aparentemente, ser mais desprezadas do que já foram vez que fazem o possível para serem inconvenientes e mal quistas.
Eu queria riscar as lágrimas que já chorei de arrependimento e a raiva de mim mesma que já senti e no lugar delas escrever orgulho, vitória, amor e alegria. Verdadeiros, não aparentes. Eu queria riscar o julgamento alheio e as críticas de todos que não sabem sobre o que falam e ousam julgar.
Eu queria com uma simples borracha apagar o mal que me fizeram e que só eu sei quão grande foi. Eu queria apagar o ódio que já senti e tudo que já sofri, mas não posso. Não tenho a borracha mágica, nem o lápis, aliás, ninguém os tem.
Mas Deus nos deu a fé, Deus nos deu saúde e o amanhecer. Temos diariamente a possibilidade de recomeçar, de fazer melhor que ontem e, conseqüentemente, de escolher melhor.
Temos a possibilidade de amar novamente quem merece nossa entrega e pureza, que, ora essa, não deve ser perdida, quando esta na nossa essência. Quem perde algo que dá base a sua alma perde um pouco de si e isso nunca deve acontecer na vida de uma pessoa que mesmo com a tristeza consegue ser feliz.
Temos a possibilidade de dar um passo rumo à vitória da superação do que passou por mais triste que tenha sido. Não podemos mudar nosso passado, mas podemos construir um futuro bem diferente e este é o maior alento que a vida nos dá. E se recebemos é porque ainda merecemos.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 22 de maio de 2010.
Eu queria ter uma borracha e um lápis mágicos para poder apagar alguns fatos da minha memória e escrever outros em seu lugar. Eu queria poder apagar as sérias más escolhas que fiz graças às mentiras que acreditei, queria apagar tudo de ruim que já me envolveu e tudo de ruim com o qual me envolvi.
Eu queria escrever um novo ontem, queria não ter conhecido muitas pessoas que conheci e queria ter apagado do meu interior a boa-fé e a inocência que me colocaram diante de seres humanos que eu não queria ter conhecido, trabalhado, convivido, confiado ou amado.
Eu queria apagar a sujeira do mundo, em especial as pessoas sujas que inocentemente eu achava que eram limpas. Eu queria riscar as mentiras que ouvi e acreditei, eu queria apagar de minhas lembranças o arrependimento pela confiança não merecida que eu dei. Como eu já quis ter escrito esperteza onde havia pureza, força onde havia carência, coragem onde havia medo!
Eu queria apagar as pessoas que me feriram quando diziam que me amavam, queria apagar e riscar aquelas que na distância querem, aparentemente, ser mais desprezadas do que já foram vez que fazem o possível para serem inconvenientes e mal quistas.
Eu queria riscar as lágrimas que já chorei de arrependimento e a raiva de mim mesma que já senti e no lugar delas escrever orgulho, vitória, amor e alegria. Verdadeiros, não aparentes. Eu queria riscar o julgamento alheio e as críticas de todos que não sabem sobre o que falam e ousam julgar.
Eu queria com uma simples borracha apagar o mal que me fizeram e que só eu sei quão grande foi. Eu queria apagar o ódio que já senti e tudo que já sofri, mas não posso. Não tenho a borracha mágica, nem o lápis, aliás, ninguém os tem.
Mas Deus nos deu a fé, Deus nos deu saúde e o amanhecer. Temos diariamente a possibilidade de recomeçar, de fazer melhor que ontem e, conseqüentemente, de escolher melhor.
Temos a possibilidade de amar novamente quem merece nossa entrega e pureza, que, ora essa, não deve ser perdida, quando esta na nossa essência. Quem perde algo que dá base a sua alma perde um pouco de si e isso nunca deve acontecer na vida de uma pessoa que mesmo com a tristeza consegue ser feliz.
Temos a possibilidade de dar um passo rumo à vitória da superação do que passou por mais triste que tenha sido. Não podemos mudar nosso passado, mas podemos construir um futuro bem diferente e este é o maior alento que a vida nos dá. E se recebemos é porque ainda merecemos.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 22 de maio de 2010.
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