Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 30 de maio de 2010

Novo amor.

Novo amor.

Não é com outro amor que a gente cura as feridas de nosso coração que alguém machucou. Não é em outros braços que a gente vai redescobrir a felicidade quando a gente ainda amarga sentimentos, ainda que ruins, por alguém que vive em nosso passado.
A gente só consegue ser feliz de verdade quando nossa alma esta contente dentro das quatro paredes de nossa consciência, quando a gente se perdoa por nossos erros e consegue perdoar ao outro.
Enquanto existe qualquer sentimento ruim não existe amor a uma próxima pessoa que cure nosso coração. A gente só se cura quando a gente redescobre nosso auto entendimento, nosso auto perdão, nosso amor próprio, quando, enfim, recuperamos a lucidez e nos imbuímos de boas energias, bons sentimentos e alegria de viver. Quando a gente passa a se sentir bem em nossa própria pele estamos curados e aptos a uma vida nova e em nova companhia.
Quando a gente volta a se centrar, a nos enquadrar novamente em nossa essência a vida flui melhor, o sono, o corpo, absolutamente tudo melhora. Amar alguém é bom? É uma das melhores coisas da vida, mas ninguém esta apto a fazer bem a outra pessoa, a dar o seu melhor se, na verdade, não esta de bem consigo mesma.
Um novo amor, um novo parceiro, um novo namorado, uma nova companhia tem que ser resultado, encontro resultante não de uma busca, uma procura intencional, não algo conquistado quando desejamos “usá-los” para esquecer alguém, para que nos façam bem e amenizem nossas dores, ainda que elas provenham de arrependimentos.
É preciso amar de novo, mas isso só vai ser realmente saudável quando a gente já estiver realmente bem em nosso coração, do contrário o novo amor será um mero objeto para nossa alma frustrada ainda que essa não seja intenção deliberada. O amor primário, último e único há de ser sempre o amor próprio, apenas quando estamos realmente felizes e contentes sozinhos é que estaremos aptos a doar nosso coração puro e limpo à alguém.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 30 de maio de 2010.

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