Eu e meus gatos.
Conversava com um amigo sobre o meu gosto por bichinhos de estimação, afinal tenho dois gatos, o persa Eros e o himalaio Zeus. Existem pessoas que não gostam de ter animais de estimação em casa, nem mesmo uma tartaruga (até concordo porque te-las ou não só muda o trabalho com a limpeza de seu ambiente).
Como sempre fui uma criança um tanto sozinha apesar de ter vários amigos imaginários e poucos e bons na escola. Filha única criada em meio a adultos, meu sonho era ter um cãozinho porque que morava numa casa. Nunca ganhei um, meus pais e em especial minha mãe detestava a bagunça e o cheiro que podiam fazer (o que também não discordo, é um ônus para se ter um amigo que não fala, mas que sente mais do que muitos humanos).
Quando estava no final da minha faculdade e residia numa chácara achei uma gatinha e a adotei: A famosa "Fifilinda", minha companheira. Percebi, pois, que a minha necessidade, apego e amor aos animais se acentuou na medida em que eu me decepcionei com as pessoas e passei a me sentir mais imersa no vasto mundo dos meus pensamentos e sentimentos infinitos e doces.
Mas, para quem dar tanto amor? Para as pessoas que me cercam? Óbvio, mas às vezes a gente tem amor transbordando no peito, pela vida, pelo mundo, tem fé e esperança, tem carinho demais para dar, então nunca mais fiquei sem um bichinho de estimação. Meus gatos me entendem pelo olhar, oferecem a patinha e o calor de seus corpinhos peludos nos meus momentos de lágrimas e arrependimento e pula, deitam e rolam na minha cama comemorando minhas grandes risadas.
Tenho pessoas para me confortar, para me abraçar e acarinhar. Todavia, sou uma pessoa que aprendeu e cresceu sem muita companhia: Eu sei o prazer que tem rir sozinha no quarto ouvindo uma bela canção e chorar sem que ninguém veja. Sentir o que é só meu, minha alegria estupenda, minha decepção profunda, meus lamentos e minha tristeza, quem testemunha? Os meus bichanos carinhosos. Este é nosso segredo: Eu rio sozinha da vida, e às vezes derramo lágrimas na solidão do meu quarto por motivos banais. Eu sou feliz, sou imprevisível, sou eu mesma junto à eles que sentem isso e, certamente, jamais vão julgar, criticar e fofocar sobre minha vida para ninguém.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 07 de maio de 2010.
Conversava com um amigo sobre o meu gosto por bichinhos de estimação, afinal tenho dois gatos, o persa Eros e o himalaio Zeus. Existem pessoas que não gostam de ter animais de estimação em casa, nem mesmo uma tartaruga (até concordo porque te-las ou não só muda o trabalho com a limpeza de seu ambiente).
Como sempre fui uma criança um tanto sozinha apesar de ter vários amigos imaginários e poucos e bons na escola. Filha única criada em meio a adultos, meu sonho era ter um cãozinho porque que morava numa casa. Nunca ganhei um, meus pais e em especial minha mãe detestava a bagunça e o cheiro que podiam fazer (o que também não discordo, é um ônus para se ter um amigo que não fala, mas que sente mais do que muitos humanos).
Quando estava no final da minha faculdade e residia numa chácara achei uma gatinha e a adotei: A famosa "Fifilinda", minha companheira. Percebi, pois, que a minha necessidade, apego e amor aos animais se acentuou na medida em que eu me decepcionei com as pessoas e passei a me sentir mais imersa no vasto mundo dos meus pensamentos e sentimentos infinitos e doces.
Mas, para quem dar tanto amor? Para as pessoas que me cercam? Óbvio, mas às vezes a gente tem amor transbordando no peito, pela vida, pelo mundo, tem fé e esperança, tem carinho demais para dar, então nunca mais fiquei sem um bichinho de estimação. Meus gatos me entendem pelo olhar, oferecem a patinha e o calor de seus corpinhos peludos nos meus momentos de lágrimas e arrependimento e pula, deitam e rolam na minha cama comemorando minhas grandes risadas.
Tenho pessoas para me confortar, para me abraçar e acarinhar. Todavia, sou uma pessoa que aprendeu e cresceu sem muita companhia: Eu sei o prazer que tem rir sozinha no quarto ouvindo uma bela canção e chorar sem que ninguém veja. Sentir o que é só meu, minha alegria estupenda, minha decepção profunda, meus lamentos e minha tristeza, quem testemunha? Os meus bichanos carinhosos. Este é nosso segredo: Eu rio sozinha da vida, e às vezes derramo lágrimas na solidão do meu quarto por motivos banais. Eu sou feliz, sou imprevisível, sou eu mesma junto à eles que sentem isso e, certamente, jamais vão julgar, criticar e fofocar sobre minha vida para ninguém.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 07 de maio de 2010.
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