Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sem meio-termo

Sem meio-termo

Eu não sou uma pessoa de meio termo. Quem gosta de mim, gosta, quem não gosta, odeia. Não sou o tipo de pessoa que faça algo para agradar aos outros, se agrado sendo como sou, feliz acaso, feliz coincidência, se não agrado, não vou me esforçar apenas para ser “querida”.
Ou sou “querida” sendo como sou, ou sou mal quista. Não me importo. Eu não gosto do que é “meio bom”, do que é razoável ou “bonzinho”, eu gosto do que é genuíno, autêntico, ótimo por ser sincero e transparente, sem intencionar sê-lo, sem ter um motivo para ser excelente. Gosto do que “é”, não do que tenta ser ou do que aparenta ser.
Sou intensa em todas as formas e o decurso do tempo acentuou em mim tal característica. Não aceito nenhum relacionamento que não seja completamente bom e que não me faça plenamente feliz. O que é comum, morno, bom, eu não quero, não aceito o “lugar” oferecido, ou cedo o meu. Não fico, não aceito, sou muito feliz sozinha para ser “mais ou menos” feliz com alguém.
Hoje eu não abro a minha vida, nem as portas da minha casa para o que não me agrade por completo. Não aceito amizades razoáveis, não preciso de parcerias. Só aceito no meu coração, na minha vida e na minha casa pessoas que conquistaram a minha confiança, o meu afeto, o meu respeito e o meu prezar.
Aprendi a ser feliz comigo mesma, me tornei demasiado independente e segura de mim. Não preciso conviver com o que é falso, fugaz, fútil, tolo ou imaturo, não preciso ter quantidade de pessoas por perto, gosto de poucas e boas companhias, do contrário fico comigo mesma, é mais seguro, é mais tranqüilo. Não meço nada pela quantidade, mas pela intensidade, pela qualidade.
Não trarei para o meu convívio pessoas que vão me decepcionar, que não irão me respeitar ou compreender e, apesar de tudo, irão achar razões para me criticar e tripudiar. Não preciso de nada que aparente ser bom e não seja, hoje eu acredito apenas no que constato com o convívio, palavras não me cativam, nem conquistam. Todas as pessoas falsas e pouco confiáveis dizem que são verdadeiras e confiáveis: o que a boca diz só tem valor se as atitudes confirmarem.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 22 de dezembro de 2011.

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