Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 24 de junho de 2011

As fases da separação II

As fases da separação II


A nossa alma tem limites, as fases de nossa vida e de nossos relacionamentos são válidas e devem ser vividas, porque é com o erro que o homem cresce e passa para a próxima fase com mais sabedoria e ponderação.
É assim com as separações afetivas, com os casamentos que findam. Não importa se a idéia de se separar partiu ou não de você, ambos vão sofrer pelo mesmo motivo: a frustração.
A alma humana tem ojeriza à frustração, ela se contorce, se retorce, se fere e sangra de raiva e de arrependimento por ter “investido” sua essência em algo que não deu certo. Essa raiva devora seus nervos, lhe tira o sono, lhe agita o espírito.
Fato é que a vida do homem tem fases e o término de uma relação tem as suas: não adianta querer pulá-las, porque assim o fazendo, você deixa de aprender e crescer como deveria. As etapas são divinamente organizadas, como tudo na abaixo do céu.
A primeira fase, para ambos, o que desistiu e o que teve que anuir com a desistência da relação, é a da “negação”. A cada pontada de saudade você traz a mente um defeito, um erro do antigo parceiro, para amenizar sua dor. Você nega que sente falta, nega que estava acostumado, nega que sente saudade e, mais um pouco, nega que amou de verdade. Você nega, ameniza a dor, mas sofre igual, porque “só” quem não acredita na sua negação é a sua alma, sua essência. Ela sabe diferenciar o placebo da “negação” do remédio da “libertação”.
Seguida a esta fase vem a “dos excessos”, a fase do “aproveitar a vida de solteiro”, e ai começam as festa, bebedeiras, jantas, se perde a rotina, os hábitos saudáveis ficam de lado e o que interessa é “diversão” – no sentido que cada um compreende como sendo ela, uns mais exagerados e desregrados que outros, é claro.
A terceira fase é a do tédio, da “calmaria”, é nesta fase que você verifica se ama ou realmente não ama mais seu ex-parceiro. Você não acha mais graça nos bares, nas paqueras, nas festas, nos corpos bonitos exibidos por ai. Você se recorda da rotina tranqüila, romântica, mas ai vem o ponto decisivo: Você deseja tudo isso de volta com aquela pessoa ou vai se aventurar a continuar só e esperar um novo amor?
Enfim, chega a fase da “reconciliação ou da busca”, do marasmo, da espera e da fé. Da esperança de viver um novo e grande amor, um romance saudável, com alguém que se encaixe em você sexual, psíquica e moralmente, ou de voltar para os braços que outrora lhe abraçavam na “crença sertaneja” de que “cada volta é um recomeço”.
Nenhuma das fases passa sem que você cometa exageros, erros, equívocos, mas o certo é que você só vai saber o que realmente deseja ao final da terceira fase. Daí é viver, esperar e, quiçá, logo, logo recomeçar a amar, ou não.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 24 de junho de 2011.

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