Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Paciência e tolerância

Paciência e tolerância


Eu admiro a paciência, aliás, ser paciente ao extremo foi uma das melhores lições que aprendi até hoje. Não me refiro aquela “paciência” de achar “engarrafamento” de carros em dia de chuva algo “aprazível”, de “curtir” trafegar quilômetros atrás de uma carreta porque não posso ultrapassá-la, ou esperar mais de uma hora e meia para a pizza chegar à minha casa sem falar nenhum palavrão, por mais inocente que seja, ainda que só o meu gato ou os bancos do carro me “ouçam”.
Eu sou paciente com as pessoas que eu amo, com as pessoas que me interessam, com as pessoas que me amam, me conhecem, me respeitam e são sinceras comigo. Com estas pessoas eu sou um poço muito fundo de paciência, tendo compreende-las e relevar suas mancadas até onde o meu auto-respeito dá sinal de “stop” no “painel de controle” de minhas emoções.
Eis o momento em que desisto, acelero o motor da auto-estima e não olho para trás, inclusive, dependendo da circunstância, faço a poeira erguer para prejudicar o, agora, transeunte (vez que foi expulso do meu coração, o veiculo de meus sentimentos), afinal não sou santa. (Benzadeus!)
Não tenho ciúmes, confio em mim mesma, não desconfio de quase ninguém que julgo ser meu “amigo”, embora eu esteja tentando aprender a desconfiar mais das pessoas, haja vista a quantidade imensurável de seres humanos falsos que conheci, além daquelas pessoas interesseiras, maldosas, mentirosas, maliciosas e desocupadas que são os cânceres malignos das relações sociais e afetivas.
Fato é que minha tolerância é alta, minha capacidade de me colocar no lugar alheio e sentir compaixão são imensas, assim como minha paciência, coisas que você aprende na vida pelo amor,ou pela dor. Eu aprendi amando e sofrendo, vejam que antagonismo lindo! Pois é, e, como eu, muitas pessoas crescem moral e espiritualmente desta forma na vida: acreditando, admirando, amando, desacreditando, se frustrando, se magoando e se reerguendo com base na fé e na esperança.
De todo o sofrimento sempre resta o aprendizado, e eu, agradeço ao Criador do Universo por ter me tornado uma mulher muito segura de mim, muito tolerante e paciente, claro, apenas com quem eu acho que merece o meu prezar, o meu amor ou bem querer, do contrário eu seria louca, e não uma pessoa “relativamente” normal (afinal, o que é normal?) nesta imensa escola que é a vida.
Todavia, uma das lições que aprendi nos anos de exercício contínuo e exacerbado de paciência, da tolerância e da devoção foi a seguinte: Elas são boas virtudes para quem as possui, porém, quem “requer” seu exercício e a sua indulgência continuamente ou é psiquiatricamente enfermo ou não lhe ama, não lhe respeita e nem lhe merece. Contraditório, certo? Mas é a vida, meu caro, não adianta lamentar, é preciso ter coragem para viver, amar e ser feliz. Sem apostas, ok?!
Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 29 de junho de 2011.

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