O placebo da massa e a cura de poucos.
Eu e o Dr. House acreditamos que as pessoas não mudam, embora eu esteja duvidando desta minha idéia, aliás, ando duvidando de muitas coisas ultimamente, até de minhas próprias crenças (deve ser o resultado de uma dose de maturidade adquirida com a superação de algumas dores e engodos).
O House continua acreditando que as pessoas não mudam, da boca para fora, com certeza. Ele sabe que em algum aspecto, quando querem, as pessoas se aprimoram, talvez o tempo passe e elas voltem a ser as mesmas de outrora, mas um leve “ar” de mudança pode existir.
Eu, ao contrário do meu “amigo” de seriado e temporadas assistidas em DVD, creio que apenas uma coisa pode fazer o homem mudar: a fé. Claro que minha idéia não é nova, todos os profetas, inclusive o maior deles, Jesus, pregava tal crença e acreditava nas pessoas.
Assisti a um filme baseado na história de Angus Buchan, um fazendeiro escocês que se estabeleceu na África do Sul com a esposa grávida e três filhos. Um homem preocupado, irritadiço, bravo e grosseiro que se modificou ao freqüentar uma Igreja poucas vezes, mas se entregou plenamente a fé em Deus e em Jesus. Colocou em Suas mãos sua vida e, praticamente, realizou milagres. O filme se chama “O Fazendeiro e Deus” e vale a pena ser assistido.
Em pleno “El Niño”, sem nenhuma probabilidade de sucesso nas plantações diante da seca, Angus resolveu plantar batatas. Milagrosamente, no momento da colheita retirou da terra batatas enormes, lindas, quando todos imaginavam que nada brotaria em baixo daquele solo seco.
Eu concordo com o House quando ele diz que “a religião não é o ópio da massa, mas é o placebo dela”, mas a fé não é ópio e nem placebo, a fé é a cura. Não para todos, mas para aqueles que conseguem confiar plena e cegamente em Deus e, para tanto, é dispensável cultos, religiões, e etc.
Se o homem tiver fé num grão de areia, eu garanto que ele mudará sua vida. As religiões podem ajudar alguns, como os placebos que diminuem a dor, mas jamais curam a doença. A função analgésica emana da crença de que o placebo é um analgésico. Então, não seria a fé a única “operadora” de milagres no mundo? Eu, francamente, creio que sim.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 06 de junho de 2011.
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