Falta de talento.
Todo mundo mente, seja por que for, sobre o que for, as variáveis são várias, mas a verdade é simples: as pessoas mentem, todavia, como em tudo na vida, uns possuem mais talento que outros.
O meu problema é que eu não sei mentir bem. Eu tento, mas é mais fácil eu fugir, me esconder em casa, embaixo das cobertas do que mentir para as pessoas. Quando eu faço isso minha consciência me cobra e eu me “entrego”, cometo gafes e coloco tudo o que não deveria a perder. Cometo atos falhos e magôo quem não merece, quem eu gosto.
Enfim, eu me equivoco, me atrapalho, me confundo, cometo erros homéricos, tudo por não saber mentir, por ficar com a consciência pesada de, por um motivo qualquer, enganar alguém. E isso é uma falta de talento nata que se acentua com qualquer dose de álcool no sangue, por exemplo.
Mas, por outro lado, eu não iludo, eu faço o que desejo com quem eu quero, eu me entrego quando acho que convém e, para quem, mesmo que tenha mais talento do que eu para mentir, me parece ser merecedor do meu afeto, porque eu não sei fazer nada sem bem querer, sem carinho, sem afago, sem afetividade, por mais que eu me equivoque e termine confundindo jóia com bijuteria, afinal, pessoas do bem sabem se colocar no lugar das outras e superar o orgulho, compreendendo as mancadas alheias, afinal ninguém é isento da possibilidade de errar.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 16 de junho de 2011.
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