Não julgue!
Não julgue as pessoas pelas aparências e pelos atos “aparentes” delas. Você não lhes conhece, não sabe de seus princípios, de sua vida pouco usufruída, dos fardos que teve que carregar pela expectativa absurda dos pais, por exemplo.
O triste é que, nos dias de hoje, em que vigora a liberdade sexual de ambos os sexos (que virou libertinagem, quase ao ponto de levar à falência as zonas de meretrício), a impressão que tenho é que as pessoas têm interesse apenas em conhecer o outro física e sexualmente. Esqueceram-se do fundamental: do amor correspondido, do amor amigo, do amor “sacanagem- de bom”.
Sou uma mulher romântica, acredito no amor apesar de tudo que sofri, mas não consigo conceber, ou melhor, imaginar “uma transa” entre pessoas que não se interessam umas pelas outras, não consigo conceber nada que signifique “fazer por fazer”. Ou me dôo, e me entrego, ou fico em casa lendo, ouvindo músicas, assistindo filmes ou com minha mamãe, minha melhor amiga e companheira, tomando meu delicioso vinho, na companhia do meu gato persa Zeus e do Eros (quando não esta na clínica doentinho). Ademais, tudo melhora com a confiança (para os não enfermos psiquicamente), com o tempo de relacionamento se aprimora tendo em vista que a intimidade, o conhecimento mútuo e a confiança se aprimoram, portanto, neste mundo de expiações e seres imperfeitos ainda acredito no amor e nas pessoas que nele, também crêem.
A beleza do sexo é sua “intermediação” com o amor, é fazer com quem você esta envolvido, com quem lhe conquistou. Com quem lhe cativou, com quem, mesmo com a possibilidade de estar lhe enganando, conquistou sua confiança, assim sendo “vale tudo” entre quatro paredes, (e os vizinhos do apartamento abaixo do seu que preparem o diazepan, lexotan, rivotril, e toda espécie de benzodiazepínicos assemelhados, além de sedativos, para conseguir pegar no sono!) Sexo bom é o despudorado, mas ele se torna ótimo quando os parceiros interagem, se conhecem, sabem da história de vida um da outro, se respeitam, se entendem, se apaixonam, sem julgar ou tripudiar da história do parceiro.
Uma separação, um divórcio, muda por completo a forma com que você vê a vida e interpreta as linhas sinuosas do amor. Você sabe muito mais do que achava que sabia outrora, você descobre o que quer realmente, e, isso não ocorre apenas por pudor “excessivo”, “pseudopudor”, ou amor-próprio desfalcado, você, independente e emocionalmente equilibrado, só “vai para a cama” e se entrega para quem, por um motivo ou outro, lhe encantou e cativou, e vai com "certeza", porque quer, sem se importar com nada, afinal ninguém paga suas benditas contas.
“Ah, mas os homens mentem.” Isso é verdade e enganam quando lhe desejam, apenas para usufruir de seu belo corpo, mas assim como a vida lhe ensinou tal realidade deve ter lhe ensinado que para toda exceção, existe uma regra, por mais difícil que seja encontrá-la. Ademais, quem disse que quem só quer “o corpinho” não é a mulher? Hellooo! Estamos na pós-modernidade! Foi-se o tempo em que os homens "usavam" as mulheres, hoje em dia, a questão me parece bilateral.
Convém salientar que as pessoas, em geral, mentem em prol de “vantagens pessoais, sexuais ou emocionais”, é o caso da mulher interesseira, daquela que se faz de “santinha” para aparentar uma decência e um caráter que não possui. Santos não mentem, santos não se fazem de “especiais” (eles são, e ponto!). Eles não são frívolos e banais, agem com ética, vivacidade, humilde e silenciosamente. (Bem, este parágrafo é desnecessário, vez que não existe santo algum por aqui, todavia a espiritualidade me fascina. Escusas, meu caro leitor).
Por incrível que possa parecer, mas as mulheres puras e inexperientes são as que falam o que pensam, sem se flagrarem que sua afirmativa possa parecer vulgar, neste mundo de hipócritas crônicos, são, as que não vêem maldade, são as que confiam no que ouvem, são aquelas que acreditam no amor e não no poder aquisitivo como “mote” para a felicidade.
Enfim, homens e mulheres mentem, a questão é “para quem e por que”, fato é que, de regra, o fazem para o de indíviduo de coração mais puro, de alma mais bela e espírito virtuoso, cheio de fé e de vontade de amar. Assim como um serial killer, escolhe suas vitimas, os “falsos amantes”,escolhem seus "falsamente amados" para não precisarem se "estressar" com novas mentiras.
Cada pessoa tem seu jeito, sua personalidade, todavia não sei transar mais de uma vez com quem não quer me conhecer verdadeiramente ou namorar. Eu desisto e não repito o “capítulo” indecoroso. Eu quero alguém que me ame, e não um amante na cama. Prefiro a solidão a ser volúvel, prefiro ser solteira (separada judicialmente vida inteira, a entrar na “moda” de “fazer sexo com qualquer um”. Eu sou boa demais para isso, e me valorizo demais para entregar-me a qualquer sujeito. Sei o que faço, sempre soube e nunca me arrependi (nem me recordo a ultima vez que isso ocorreu). Sei de meus erros, peço desculpas, mas, como sou franca, azar de quem não me compreende e não as aceitar. Entretanto, eu nunca deixei ou haverei de deixar tentar, e ter fé no amor.
Você não é melhor ou pior se faz sexo com quem você não conhece muito desde que esteja decidida, desde que queira e desde que saiba que beijos não são "promessas" e caricias não são “atestados de eu amo você”. A gente sente quem quer nos amar, quem quer nos assumir como namorada, quem quer experimentar o paraíso ao nosso lado. A gente sente uma energia sobrenatural, enfim.
A questão cerne do assunto é confiar, a questão é a pessoa mostrar-se confiável, apesar do fato ( infeliz) de que as pessoas mentem, mas é melhor arriscar-se e verificar a verdade do que sai da boca do parceiro, é preciso ver com seus próprios olhos e alma o que é muito melhor do que seguir dando “corda para a “falação” do povo inútil que adora uma fofoca, para demonstrar que sabem falar e não são asnos anômalos de duas penas.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de junho de 2011.
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