Frustração
A nossa mente e sua criatividade podem ser nossos maiores inimigos. É dentro de nós que surgem grandes expectativas, confiança depositada em quem cremos merecê-la e sonhos homéricos. Até nos desapontarmos.
Então, com o passar do tempo, a gente começa a se cansar da vida. Não de viver, de respirar e ter saúde, mas das experiências que vivenciamos, dos tombos grandes que caímos por termos expectativas grandiosas. Em determinado período só queremos uma cama, uma taça de vinho, uma fatia de queijo e um animal de estimação ao nosso lado.
Quem, em algum momento da vida, não pensou: “Que vontade de sumir daqui, que vontade de viver em paz, longe do que me entristece!”. Quem, enfim, nunca se sentiu exausto em alguma fase de seu viver?
Fase em que queremos muito, podemos pouco e não realizamos quase nada do que, outrora, esperávamos tornar realidade. Fase em que nos sentimos desamparados, cheios de sonhos, cheios de expectativas e uma existência que parece vazia em comparação ao que habita ou habitou em nosso intimo.
Pois é, isso acontece com quase todos os seres humanos. Todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, sentem-se cansadas delas. Talvez tirar férias as ajude, talvez ela sirva apenas para amenizar o cansaço físico, não o psíquico. Tudo depende, obviamente, do teor da sua exaustão que é exatamente proporcional ao tamanho da sua frustração.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de março de 2013.
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