Nada é perfeito.
Nada é perfeito neste mundo, nem mesmo a esperança que costuma nos dar força para seguir adiante, mas faz com que repitamos alguns atos que, outrora, nos levaram ao sofrimento.
Então a gente aposta em alguma coisa, acredita, confia, dá o nosso melhor. Daí nos decepcionamos, mas nos conformamos crentes de que o sofrimento nos ensinou alguma lição importante, crentes de que não foi em vão nenhuma lagrima.
Crentes que aprendemos algo, diante de situação semelhante, repetimos os mesmos atos que outrora nos levaram a desilusão. Sabe por quê? Porque temos esperança de que “desta” vez será diferente.
“Desta” vez vai dar certo!
“Desta” vez o esforço valerá a pena. “Desta” vez tudo valerá a pena e a gente não vai chorar ou sentir pena de nós mesmos, porque confiamos demais, nos entregamos demais e terminamos decepcionados.
Ocorre que, seguidamente, as coisas se repetem. A gente se decepciona, a gente se desilude, a gente chora. E cansa. Cansa e diz que “nunca” mais vai cometer os mesmos “erros”. “Nunca” mais até ter esperança de novo.
Mas então, fica a dúvida, será que confiar, acreditar e se entregar a alguém ou a algum projeto é “erro”? Ou é, na verdade, ato corajoso de quem ainda tem fé no ser humano e na vida?
Eu fico com a segunda opção, porque crer que nada pode ser diferente, para mim é suicídio psíquico. Quem disse que é preciso morrer para estar morto nesta vida? Quem perde a crença de que um dia as coisas poderão dar certo, perde tudo. Morre em vida.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 13 de março de 2013.
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