Pais e filhos
Não sei se Freud explica, mas com a minha experiência de vida passei a ter uma certeza: a auto-estima dos filhos depende muito do apoio, carinho e, inclusive, conceitos que os pais fazem deles.
Não importa a idade, filhos sempre serão filhos. Seres humanos sempre serão humanos e, portanto, pais e filhos precisam de carinho, de afeto, de atenção, de indulgência.
Filhos precisam saber que seus pais admiram seus atos.
Um marginal jamais se sentirá tão algoz se tiver o respeito e o carinho de seus pais, por outro lado, um médico bem sucedido nunca será interiormente realizado se seus pais o julgam mal. Ele sempre sentirá que tem um “débito” com quem lhe deu a vida.
Em minha opinião o conceito de pessoa alguma a respeito de minha pessoa tem importância, mas o dos meus pais tem.
Nada nos deixa mais realizados do que o sorriso de nossos pais orgulhando-se de alguma façanha que fizemos.
Entretanto, nada nos dói mais do que a critica injusta, do que a falta de confiança, do que o abandono, do que o julgamento errôneo acerca do que somos e do que sentimos.
Nem todo dinheiro do mundo pode comprar uma família harmônica e feliz, dinheiro algum compra um pai bondoso, uma mãe indulgente. Nada compra pais que tentem nos compreender, apesar de nossos erros, de nossas falhas. Seguidamente, o que mais precisamos, não é o perdão de Deus, mas o de nossos pais. Enfim, o perdão de quem nos deu a vida.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de março de 2013.
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