Mentira feia
Todo mundo mente. A razão pela qual as pessoas mentem é que varia. Até a omissão de certos fatos que é capaz de fazer o outro crer em algo fora da realidade é uma espécie de mentira: uma mentira silenciosa.
Eu entendo que a mentira, seguidamente ajude a instaurar a paz nos relacionamentos, todavia, foge ao meu entendimento o habito de algumas pessoas em mentir descaradamente, menosprezando a inteligência alheia.
Essas pessoas mentem de forma patológica. Não são normais, tampouco bondosas. Afaste-se de quem mente com maestria como se a falácia fosse verdade. Isso é indicio de transtorno de personalidade anti-social, vulgo “psicopatia”.
Sabe aquele ditado que diz que o “fulano mata e chora no velório”? Pois, acredite, infelizmente existem muitas pessoas assim. Pessoas que separam os seus sentimentos de suas palavras. Sentem uma coisa, mas falam outra.
Pessoas que não mentem para proteger alguém de um mal, pessoas que mentem por, simplesmente, mentir, sem que nada de bom advenha da sua mentira. Esses indivíduos são maus.
Você pensa que a mentira nunca pode gerar nada de bom? Então pense no alivio que você causa a sua mãe quando ela pergunta se você, que está distante, esta bem e, mesmo triste, você diz que sim.
Pense na sua namorada agoniada perguntando se esta gorda e você, se recusando a ser sincero e fazê-la sentir-se pior, mente para não ferir, para não magoar. O que de ruim advém dessas humildes mentirinhas? Creio que nada, ou praticamente nada!
Essas mentiras não indiciam doença ou personalidade fria, por outro lado, quem se gaba com freqüência, quem conta histórias que não viveu, quem coloca palavras na boca alheia, com certeza, não é confiável. É um ser humano perigoso. Muito perigoso.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 22 de março de 2013.
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