Quando perdem?
Eu não compreendo, tampouco concordo com a historinha que diz que "as pessoas só valorizam quando perdem". Creio que as pessoas, graças a carência que as domina e certos lapsos de memórias, esquecem-se do que as fez se afastarem do outro ou dos atos deste que lhe feriram.
Então, passam a dar maior estima ao que tinham antes: por esquecimento provocado pela solidão e carência. Só por isso. Quem valoriza, o faz sempre, a menos que tenha motivos para se afastar e desvalorizar a outra pessoa, sem que a distância as faça mudar seus conceitos.
Quem valoriza quando perde das duas uma: ou nunca deu o valor e amor merecido ao parceiro ou se encontra num estado de carência e sofrimento muito grande. Ninguém melhora porque se afasta ou porque morre, o que muda, isto sim, é o pesar de quem se vê só e abandonado.
Não é a toa que existem tantos relacionamentos que findam e recomeçam. Claro, às vezes é a paixão que justifica isso, noutros casos é o tal do “ruim com ele, pior sem ele.”
Diga-se que se trata de um “brocardo” abjeto. Relacionamentos existem para que sejamos felizes ao lado da pessoa, não para que, amargando a solidão, passemos a lhe estimar mais e sentir vontade de estar ao seu lado, não por amor, mas por necessidade e dependência emocional.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de março de 2013.
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