Bloqueio
Descobri, nunca sem muita dor, nunca sem muita alegria, os benefícios do mundo virtual para relacionamentos agradáveis e desagradáveis. Lá podemos fazer o que a vida não nos permite com facilidade: marcar pessoas queridas em fotos inesquecíveis e, no caso inverso, bloquear, excluir e deletar seres poucos agradáveis.
Lá podemos ter o gostinho de afastar a nossa vida da existência de pessoas que querem, apenas, bisbilhotar, criticar e fazer pouco caso daquilo que é importante para nós. Afinal, quem nos importa, esta ao nosso lado no mundo real.
E, dentre essas pessoas pouco agradáveis, estão alguns parentes de sangue que, se pudéssemos, não teríamos os escolhido para chamar de nada além de nada! No entanto, temos que dizer que são nossos primos, tios, cunhados, noras, sogra ou algo do tipo.
Pois lá, se a gente quer, a gente morre para os olhos dessas pessoas que dizem que querem o nosso bem quando, tudo o que desejam, é fazer fofocas e intrigas e, se possível, sair lucrando em detrimento de nossa paciência e boas intenções.
Então, já que não quero morrer e, menos ainda, matar alguém, uso o bloqueio que as redes sociais me possibilitam, para sumir, definitivamente, da vida de pessoas que nunca me fizeram falta alguma, da vida de pessoas que não quero que saibam quão feliz estou ou quantas batalhas estou enfrentando. Bendita internet, bendito mundo grande de meu Deus!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 25 de abril de 2013.
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