O melhor do pior
Antes de se achar, seja. Antes de criticar, faça uma análise de si mesmo. Antes de querer ensinar, aprenda. Antes de julgar, reflita sobre a sua conduta. Antes de criticar, critique a si próprio e antes de tentar convencer ao outro, vivencie e convença a si mesmo.
O problema do mundo é que tem muita gente achando que é melhor que as outras, achando que corpo bonito, roupa de marca, dinheiro e classe social as fazem melhores do que as outras pessoas.
Tem muita inversão de valores e, humildade, elegância, simpatia, carinho e respeito, estão sendo substituídos por fotos de instagran, celulares com acesso a internet, competição para ver quem tem o melhor carro, a melhor casa, o melhor celular, o corpo mais bonito e a profissão mais rentável.
Aliás, é nas redes sociais que a falsidade e futilidade se escracham, por exemplo: quem conhece as pessoas de fora delas se surpreende com a habilidade que elas têm de mentir, de fazer de conta ou, na pior das hipóteses, de escancarar certa psicopatia. Na verdade eu não sei o que passa em suas mentes.
Eu sei, isto sim, que é muito "meu amor", "eu te amo" e "minha vida" para quem eu vi trair a parceira com meus próprios olhinhos! Quanta falsidade, quanta gente canalha e corna fazendo de conta que a sua vida é perfeita só porque tem uns trocos para gastar e se exibir em fotos bonitinhas!
Ademais, cada vez mais cedo as crianças estão se tornando adultas. E, de regra, adultos fúteis. Adultos que tiram foto com roupa indecorosa para postar nas redes virtuais, adultos que dão muito valor ao ter e pouco ao ser. Adultos que querem, isto sim, ser melhores do que os outros.
Todavia, como já dito, a definição de “melhor” mudou. Melhor não é o mais amável, o mais humilde, o mais humorado, o mais dedicado, o mais batalhador, melhor, agora, é o mais rico, o dono da casa mais bonita, o dono do iphone de última geração, o dono do carro mais caro.
É lamentável, mas as pessoas estão se achando boas por motivos demasiado banais. Por motivos, diga-se, que mostram que de bondosas e inteligentes elas nada ou pouco têm, mas, o que lhes sobra é arrogância, futilidade e ignorância. Valha-me Senhor!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de abril de 2013.
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