O término da infância
Essa fase de músicas de embalo bom e letra vulgar esta fazendo as crianças descobrirem cedo demais o significado de coisas e palavras que não deveriam, sequer, sair de suas boquinhas.
O sertanejo universitário, o tal do “arrocha” (nome que nunca entendi o sentido, porém até a palavra eu acho vulgar), assim como o funk estão cada vez mais degradantes.
Essas letras falam de sexo, de excitação, o álcool é quase apregoado, assim como se divulga a crença de que com carros bons os homens conseguem mais mulheres, com dinheiro o homem se dá “bem” com a mulherada.
Ou seja, nossas meninas estão ouvindo musicas que degradam as mulheres. Não tenho a ambição de dizer que elas gostem realmente das letras, mas o embalo e os cantores simpáticos e com boa voz lhes “seduzem”.
Então, cada vez mais cedo as jovens se preocupam com o corpo, com o tamanho dos seios, com as celulites no bumbum. As crianças não estão curtindo a infância, essa fase esta sendo, praticamente, suprimida de suas vidas.
Ademais, os pais, cada vez mais ocupados, passam a fazer seus filhos ocuparem-se demais, o que por um lado é bom e por outro é ruim: a cultura cresce, mas o tempo para ser criança, para brincar e receber carinho e atenção dos pais diminui.
Enfim, criar filhos esta se tornando uma tarefa cada vez mais árdua para os pais que, preocupados com suas vidas, terminam dando menos atenção e amor do que as crianças precisam para serem felizes.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 11 de abril de 2013.
Sobre ovos de páscoa e educar filhos (ou: porque os pais dão tudo o que os filhos pedem?)
ResponderExcluirOs pais se omitem na tarefa de repassar valores (morais) a seus filhos, simplesmente por pura preguiça de entabular um diálogo. É isso: A vida é tão corrida, que preferem comprar qualquer coisa a parar 10, 20 minutos e tentar ensinar algo de valor a seus filhos. O resultado: Olha, não quero aqui dizer que descobri a roda, mas que nossa sociedade é consumista, ninguém há de duvidar. Mas óbvio, a culpa é da mídia e seu departamento de marketing. Pobres de nós.