A minha escolha.
Sou do tipo de pessoa que acredita em escolhas, em
pensamento, em vontade. Não me sinto um joguete do destino, não sou um
brinquedo nas mãos de uma vontade invisível. Eu escolho o que fazer com o que
me acontece, sou o que fiz com o que me aconteceu, eu escolho crescer e não lamentar,
eu escolho mandar se lascar e viver só!
Enfim, nesta vida eu escolhi ser feliz! Mesmo com
dinheiro parco, obrigações prementes, sozinha, sem um parceiro seguro e feliz a
quem admirar e dar meu infindável carinho, sem uma amiga leal que não seja a
minha mãe, sem companhias constantes que sejam mais interessantes,
inteligentes, humoradas, sensíveis e astuciosas do que o Zeus e o Pequeno
Bolota!
Eu escolhi ver o lado bom das coisas, contentar-me
com o que tenho e não ter inveja de quem tem o que não possuo, mas tolera o que
não tolero ou faz o que eu jamais gostaria de fazer. Aliás, eu escolhi ser
feliz sem ter uma mansão, a banheira de hidromassagem com a qual tanto sonho ou
o carro robusto, veloz e com câmbio automático que quero!
Eu escolhi ser feliz com a CNH cassada até 2016,
andando de carona e vendo pessoas rasgarem dinheiro e desperdiçarem seu tempo
em relações mais insossas e sem futuro do que elas. Eu escolhi ter sonhos e planos,
mas não postergar para a "data" da sua realização o meu contentamento
com o que conquistei.
O que vai do equilíbrio e da autoconfiança até o
destemor e uma boca sempre colorida e sorridente. Conquistei a desimportância
da opinião alheia, a liberdade de ser quem sou! Nos IML do mundo estão milhares
de sonhos, milhares de "no dia em que eu conseguir..."!
Não quero ser mais uma que postergou o mea culpa, a
leveza e a felicidade para o dia que não chegou. Sou feita de urgências e não
deixo para amanhã nem o riso, nem a gargalhada, nem o amor que posso dar ou a
pessoa que posso dispensar hoje.
Não estou aqui para ser babá de gente problemática,
porque problemas cada um deve resolver os seus. Sofri muito para me tornar
intolerante e para dizer: ou me conquista pelo amor-próprio, inteligência, bom
humor, segurança e carinho, ou vaza! Quando eu me sentir carente exagero no
álcool, choro e acordo alegre como sempre no outro dia. Mas, sentir frustração
ou tristeza na vida? Não, nunca mais! E sim, eu digo nunca.
Não conquistei minha inteligência emocional
avantajada para quedar-me refém da vida e de pessoas que chegam com a mesma
velocidade com que são solicitadas à sair do meu caminho. As rédeas da minha
vida são minhas e o pouco ou o complicado podem tocar-me a pele, não a alma.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de agosto de 2015.
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