As três regras.
Existem três regras para exercitarmos na vida: não prometermos
nada quando estivermos felizes (o que inclui não dizer “eu te amo” quando
estiver tendo um orgasmo ou demasiado excitado), não respondermos ou tomarmos decisões
quando estivermos irados, menos ainda, quando estivermos tristes.
O calor do momento pode ser agradável ou frustrante!
Há quem confunda tesão com amor e paixão, há quem confunda frustração com
depressão e, quanto mais alimentamos tais sentimentos, maiores eles se tornam e
maior o seu domínio sobre nós.
Fato é que temos sangue quente nas veias: as vezes
ele esquenta por bons motivos, outras por maus, todavia, quando ele está quente
nenhuma decisão ou palavras fortes devem ser ditas. A temperatura ideal dele é
a morna, assim como nosso estado de espírito saudável não é o deprimido, nem o
eufórico.
O segredo é o equilíbrio e somente quando
equilibrados devemos agir, falar e tomar decisões. Se após o calor do momento
seus sentimentos se manterem, diga-os, se após a tristeza passar a opção
cogitada mostrar-se sensata, decida-se, se mesmo após a fase ruim passar você
continuar triste, procure um médico.
Espere a raiva passar para responder quem você ama
e lhe magoou, espere a frustração ser assimilada para dizer “tchau”, “acabou”
ou “demito-me”. Decisões sensatas requerem serenidade e, ausente esta, o que
podemos fazer de mais útil é tomar uma taça de vinho, uma cerveja, distrairmos-nos, dormir e, principalmente, refletir e ponderar sentimentos, ideias, opções e
anseios.
Gente impulsiva normalmente erra e até acaba
voltando atrás em decisões que não deveria ter tomado. Eu sou extremamente
consciente da minha impulsividade e do quanto devo evitar agir com o sangue
quente, pois sei que minhas palavras podem ser demasiado cruéis, assim como
meus atos que, inclusive, podem ser estúpidos e tolos.
Antes de nos arrependermos de alguma ação o melhor
que temos a fazer é pensar, ainda que acabemos nos arrependendo de agirmos com “lentidão”,
fato é que é preferível ser lento a ser estupido, é preferível ir devagar a agir
com pressa, a tão famosa “inimiga da perfeição”.
Antes uma demora com resultado saudável, do que
algo rápido e estupido e me refiro a respostas a ofensas ou ao que consideramos
ofensivos, sobretudo se o suposto ofensor for alguém por quem nutrimos algum
sentimento nobre, por exemplo.
Isso tudo não é fácil, requer exercício constante e
boa vontade, todavia, se não fosse nossa evolução e empenho ainda
engatinharíamos. O rumo da vida é pra frente e o nosso, enquanto seres humanos
pensantes, também, portanto assim como você batalha para progredir financeira e
profissionalmente, batalhe para crescer enquanto pessoa e acertar mais do que
errar.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 06 de agosto de 2015.
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