A vida é curta demais
para ser conformado, baby!
Saber do falecimento
brutal de um aluno de 18 anos num acidente de moto indo para a universidade quinta-feira
pela manhã me doeu na alma. Identificá-lo, posteriormente como sendo um dos
jovens participativos e humorados de uma turma nova e adorável para a qual
ministrei aula na terça, me desconcertou.
Um jovem cheio de
sonhos, uma vida pela frente. Nem em meus piores dias eu estive tão sem
palavras e calada como estive ontem. Não conseguia sequer expressar-me bem e,
deste então, sou "toda" pensamentos!
Como a vida é reles
frente ao fim, frente à morte! Por que será, então, que nos permitimos
acomodar, nos sentir infelizes, mal acompanhados e frustrados quando temos
sangue quente nas veias e animo?
Por que reclamamos
tanto do que permitimos? Por que lastimamos o que nos ocorre ou cerca se nada
fazemos para mudar? E, por que cargas d´água, somos tão inocentemente
indulgentes com as pessoas que são, simplesmente, tolas?
“Ah, ele é assim por que...”, “ah, mas ela
está assim, por que...”. E, de porque em porque, a gente supera o insuperável,
aceita o inaceitável, tolera o intolerável e se deixa de lado por causa dos
“motivos” que nossa mente bondosa encontra para justificar a perfídia alheia e
não se desvincular.
A verdade é que
circunstancias ocorrem, mas passam, acontece que a cada novo dia existem mil
novas oportunidades, acontece que, o que vivemos no passado já passou. É
questão de opção lastimar o que ficou para trás e lamber as feridas. É questão
de apego ao que já se foi ou de pouco apreço por si mesmo, no mínimo.
Enfim, nada justifica
estupidez, ignorância, grosseria, egoísmo ou arrogância. Não importa o que a
pessoa viveu na vida, mas o que ela se tornou graças ao que viveu. Se, se
tornou um ser humano amargo, orgulhoso, estupido e grosseiro é porque “bom” ele
nunca foi.
A vida é tão curta para
ficarmos por ficar, namorarmos por namorar, trabalharmos só pelo salario, sonharmos
só com o que sabemos poder realizar! A vida é tão curta para ser resignado,
para suportar demais e goza-la de menos! Todavia, desde ontem certa timidez
frente ao espelho e a vida me assolaram.
Mas a mente não para,
não silencia. Que pena! Em alguns momentos eu acho que estou precisando de
silêncio interior. Ou de uma massagem. Ou de um abraço e um copo destas bebidas
"fortes" que eu detesto. Sei lá! Quiçá de cama e sono! Como disse
Hamlet: "Dormir! Dormir, talvez sonhar!".
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 21 de
agosto de 2015.
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