Pequena crônica sobre os anseios femininos.
Tornei-me perita em dizer o que quase todas pensam,
mas não se encorajam a falar, portanto, vamos falar do dilema “cafajeste X
bonzinho”. É incrível o número de homens “bonzinhos” que reclamam de sua
“sorte” no amor! A gente não quer esses bestas infiéis que acham que pegar uma
por dia é ser “gostoso”, que saem trovando qualquer uma ou usam carro, “Dr.” ou
hectares como extensão peniana.
Criatura do sexo masculino, não é você que acha que
a mulher tem que ser uma dama na sociedade e uma puta na cama? Pois então, nós
mulheres queremos mais: além de desejarmos um devasso impudico na cama,
queremos um homem que saiba a hora de ser bom!
Acredite, sabe o tipo de cara que a gente faz de
gato e sapato? A gente não cria paixão, a gente só usa e sente dó. Nós mulheres
damos ao nosso parceiro o valor que ele se dá e é por isso que, seguidamente, a
gente gosta de uma criatura mais “bruta”, uma criatura que não vira tapete
frente a nossas paranoias, crises e problemas. Um ser que nos puxe pra cima
pelos cabelos e não só para nos beijar a boca em “dados” momentos!
Lembro-me que percebi que amava o homem mais
maluco, mas mais sincero e “macho” que amei quando, após um almoço de interior
em que ele bebeu e eu não (não bebia nada na época), ele me deu a chave da
camionete que tinha e disse: “Daqui pra cidade você vai dirigindo.” Eu disse
que não sabia dirigir bem, não tinha feito a prova pratica da CNH e tinha medo,
então ele disse: “Ah, pare! Você consegue fazer coisas muito mais complexas que
isso, pega o volante que eu te ensino.”
Simples, curto e grosso! Ser humano algum, que
tenha sangue quente nas veias, gosta de gente servil, de gente “coitada”, de
gente que depende da gente e aceita demais. Acredite, a gente sabe quando
exagera, erra e abusa!
Mulher alguma quer ser filha ou mãe do parceiro ou,
ainda, olhar para o cidadão e pensar: “Nossa, eu sou muito mais esperta que
ele!”. E não falo de inteligência, falo de esperteza! A gente quer um homem que
seja mais macho que a gente, daí nós nos apaixonamos. E, acredite meu amigo,
isso é difícil hoje em dia!
E é por isso que tem muita mulher se dizendo
apaixonada, mas mantendo relacionamento por mera piedade, por dó, porque se
recrimina por não gostar do sujeito que “faz tudo o que ela quer”.
Na verdade elas só não são bem resolvidas o
suficiente para olhar para o indivíduo e dizer: eu quero um homem de atitude,
não uma segunda mãe! Portanto, meu caro, simplesmente pare de ser “direitinho”
e saiba que na cama e na atitude a gente quer um pouco de domínio, a doçura e o
romantismo pertencem ao trato, à educação.
Ademais, ser educado e romântico não faz de ninguém
um capacho, ser carente e dependente faz. Homens, nós mulheres não somos tão
misteriosas assim, vocês é que andam devagar e se “achando” espertos demais. Observe
e aprenda, já que a Playboy traz corpos e não instrução do que as mulheres que
não tem photoshop no “shape” e nem vivem da aparência desejam!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de agosto de 2015.
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