Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 30 de agosto de 2015

O respeito e o temor.

O respeito e o temor.

O ser humano é incrível! Se você é retraído, grosso e calado, reclama, se você é extrovertido, abusa e perde o respeito! Mais, se indigna quando você o chama para a realidade, no estilo: "Não abuse da minha boa vontade!".
Tem dias que a gente até entende o porquê das pessoas frias e grosseiras existirem! Por serem inacessíveis, elas se incomodam menos com a estranha mania humana de não reconhecer limites e de ultrapassar, levitando em ignorância, pelo abismo existente entre a simpatia, a alegria, a boa educação e a bobeira e imbecilidade.
Ser simpático, cômico, sorridente e acessível não torna ninguém bobo, burro ou tolo para ser menosprezado ou desrespeitado! Burro, tolo e imbecil é quem menospreza o outro e, mais, tenta dele abusar-se querendo o braço quando ele oferece a mão.
As pessoas dizem que gostam de pessoas educadas, simpáticas, humoradas, no entanto, quando conhecem alguém assim, algumas delas, deturpam a virtude e rebaixa-a ao nível de tolice. Parece que estes seres estranhos querem que o outro seja bom e educado para poder usurpar de sua boa vontade, ou seja, para poderem lhe “usar” ou, no mínimo, abusar.
Pessoas legais, comumente, ouvem tolices e “tosquices” que pessoas antipáticas e maldosas não ouvem. E, consequentemente, se irritam e se magoam mais. Não é uma coincidência infame da vida? Algo que denota um humor negro por trás do convívio humano e dos anseios do “Criador”?
O bom é vitima de abusos, os ruins não. Os bons são mais facilmente aviltados por pedidos, perguntas e palavras ofensivas, os maldosos nem são indagados, eles impõe medo. Aliás, esse “medo” em detrimento do respeito que alguns sentem sempre me apavorou!
Meu pai dizia que eu devia temer a Deus quando eu era criança. Alguns pais, das minhas amiguinhas, adoravam ser temidos. Mormente na adolescência, as meninas faziam horrores longe dos pais por temê-los, não por respeitar os seus ensinamentos.
Eu sempre fui meio “revolucionaria”, desde novinha.
Eu dizia pra minha mãe: “Mãe, por que eu tenho que temer a senhora? Não é melhor eu gostar das suas ideias, respeitá-las e lhe contar sobre ocorre em relação a elas?”. Minha mãezinha concordava e, assim, me ensinou a respeitá-la, não a temer, nascendo entre nós mais do que uma relação entre mãe e filha, mas uma relação de amizade, na qual sempre confidenciei tudo a ela. Sem medo, mas por admiração e consideração, isso que temor por nossos amigos: respeito, não medo!
Aliás, aquele que gosta de impor temor aos outros, normalmente não tem a minha consideração. É fácil calar aos outros por fazê-los sentir medo, agora, ser respeitado é outro nível! Esbarra no dialogo, na consideração e da admiração, não no cabresto, no ato de baixar a cabeça e só erguer quando distante da presença alheia, para criticar, falar mal e ser desleal.
O grande problema é que a ignorância de alguns é tamanha que eles respeitam com facilidade apenas àquele que temem e isso é lamentável. Todavia, nada que a vida não ensine. Das melhores e das piores formas possíveis, como faz com todos que não aprenderam a ser “gente” em “casa”.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de agosto de 2015. 

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