O machismo “de berço”.
O machismo nasce em casa onde os pais criam os
meninos como inábeis para algumas funções e ainda lhes dizem que “homem não
chora” querendo desumanizar a criatura e sua sensibilidade. Faz-se isso e, após
crescer, a mulher ganhará 30% a menos que o homem e, em muitas vezes, será
vista com desconfiança se, além de cérebro, tiver uma aparência razoável.
Um ser para ser “olhado” e, quiçá, “pego” já que
machista que se preze não sabe conquistar uma mulher que, igualmente, se preze.
Os pais dizem para a filha não usar roupas curtas e se “dar ao respeito”, como
se, pelo simples fato de ser humana não merecesse ser respeitada.
Você já ouviu alguém dizer a um filho homem: “Querido,
você tem que se dar ao respeito!”? Meninos, idiotas ou não, já nascem com o
direito garantido de serem respeitados, mulher precisa conquistar respeito.
Pais não dizem aos filhos que, por mais bêbada que
a menina esteja, ele não tem o direito de se aproveitar da situação ou, ainda,
que isso é crime. Todo o peso do julgamento recai sobre a mulher.
“Ah, mas tem mulheres muito atiradas!”, ter tem, eu
não sou retardada, mas se atiram porque querem e não é por isso que uma mulher
que está na “dela”, ou seja, “nem aí pra você” tem que aguentar flerte
inconveniente, por exemplo. Basta procurar a mulher que quer o mesmo que você,
simples! Com dois neurônios ativos e um QI superior ao de uma planta você
consegue, lhe garanto!
“Tem mulher que gosta de ser cantada!”, ah, claro
que tem! Tem homem que gosta de fio terra, mas até hoje eu não coloquei o dedo
no ânus de nenhum dos meus namorados na primeira transa! Ora essa, tem de tudo
neste mundo, mas a regra geral é simples: respeito e sensatez no trato com a
prostituta ou com a freira!
Enfim, não se nasce um babaca machista, “torna-se”,
graças inclusive, ao machismo da mãe que é quem cria os filhos! Freud dizia que
a mulher invejava o falo masculino. Sabe o que isso significa, sobretudo na
época em que ele, onde o machismo imperava? Que o pênis, ou seja, o nascer
homem representava liberdade e poder que a mulher não tinha e, portanto, ela
tinha um “fetiche” moral pelo ser homem.
Logo, ao ter um filho macho a mãe terminava dando
regalias, como uma forma de realizar-se naquele ser que nasceu especial, que
tem o que ela não tem e que, por tal motivo, teria um futuro brilhante,
respeito, liberdade, poder e comando! Todavia, os tempos mudaram e as mães
continuam perpetrando o machismo e, assim, criando homens limitados.
Em que pese existam diferenças evolutivas e genéticas
entre os gêneros, o homem pode ter sensibilidade, chorar, lavar a louça, cuidar
dos irmãos na infância, ajudar em tarefas domesticas e, nem por isso, será
menos homem!
Pode ser bom pai, trocar fraldas, acordar a noite e
não deixará de ser “macho” por conta disso. Não há necessidade de impor
diferenças entre as meninas e os meninos além das que eles já trazem nos genes
e memoria genética. Simples assim, agora resta as mulheres deixarem sua ignorância
tola de lado na criação dos seus rebentos.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 06 de agosto de 2015.
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