Amor e necessidade.
Amor ou necessidade?
A necessidade é uma
visita chata que afugenta e faz o amor adormecer. Pode ser financeira,
emocional, afetiva ou psíquica. Necessitar de alguém para se alimentar, pensar,
sorrir ou ter equilíbrio não é amar.
O amor de verdade tem
tudo, menos necessidade! Há prazer e vontade em estar na companhia do outro e
faz-se o possível para isso. Há sonhos, desejos, pensamentos, metas e vontades
afins!
Há a união de duas
pessoas diferentes que se escolhem por admiração mútua, desejo e afinidades de
anseios e caráter. Personalidade? Gênio? Nem sempre. A nossa personalidade,
extroversão, introversão, pacificidade, brabeza, depende de nossa criação e até
genética!
No amor a identificação
é pelo caráter, anseios e forma de pensar as coisas sérias e profundas da
existência humana. Amor é escolha livre, sem causa, sem medo, sem carência,
seja ela da espécie que for! Só amamos o que admiramos o resto é confusão
mental. Ou hormonal!
O resto é carência,
insegurança, medo da solidão, medo da mudança, medo da aceitação! O resto é o
que justifica 90% dos relacionamentos que existem: falta de um bom psicólogo e
de amor próprio! O resto é conformismo, covardia, preguiça e comodismo.
Necessidade, inclusive!
Necessidade de ter alguma companhia para chamar de “sua”, necessidade de ter alguém
para dizer que tem, não que o coração acelere, que sorrisos sejam dados a
distancia! Não que exista importância ou real afeto. Não que exista, sobretudo admiração
e afinidades!
Alguns indivíduos quedam-se
inertes em relacionamentos que lhes animam menos do que o barulho da entrega da
pizza pelo motoboy! Ficam naquela do “morno”, do medo de ficar sozinho e de não
ser aceito por outro, quando, na verdade, um bom terapeuta e um amor de verdade
curariam os seus males. A começar pelo primeiro e mais importantes de todos os
amores: o próprio! O que a gente sente por nós mesmos.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 21 de
agosto de 2015.
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