Afirmativas toscas.
Tem coisas, vulgares ou não, que eu ouço e me dão
ojeriza! Quem diz que tamanho não é documento, que dinheiro não traz
felicidade, que sexo não é tudo num casamento e que quem trabalha não tem
“tempo” para ganhar dinheiro é, respectivamente: mal guarnecido fisicamente,
pobre, desprovido de libido e rico.
Ora essa! Só quem já tem dinheiro acha que trabalho
não dá dinheiro. Que ideia é essa jovem, você é banqueiro? Afora isso, qualquer
mulher decente nem vai pra cama com o sujeito se não tem com ele afinidade e
uma dose salutar de amizade. Portanto, depois do casamento, se sexo não é tudo,
é 90%.
E quanto ao dinheiro que não trás felicidade? Bem,
não trás mesmo, mas compra bolsas, sapatos, vinhos, jantares legais, livros,
cosméticos, joias, viagens e muitas coisas que nos fazem bem. Agora, se você é
rico e muito infeliz, doe o seu dinheiro que um pobre emocionalmente
inteligente, irá se realizar. Sinceramente, só ouvindo umas besteiras dessas
pra gente se lembrar de agradecer a Deus a nossa audição. Enfim, seria pior ser
surdo (ou não).
Se homem fala de mulher, às vezes, quando se reúne,
acredite, mulheres reunidas em mesa de bar, também falam de homens. E, sinto
dizer, Freud tinha razão quando disse que nós temos inveja do falo masculino,
porque, sim, a gente fala disso! Não sempre, tampouco dando “nome aos bois”,
mas com certa classe a gente especifica as predileções.
Sabe bunda? Bunda de mulher? Pois é, você não
costuma achar atraentes as mulheres com pouca bunda né!? Pode achar bonita de
rosto, magra, mas não tão sexy quanto se, além de magra, tiver uma bunda dura e
arredondada, certo?!
Não precisa ser algo excessivo, anômalo, mas ter um
volume não faz mal a ninguém, certo? Eu sei que você gosta. E também sei que não
deve falar da bunda da sua mulher para os amigos, que você gosta ou não, mas
fala no geral, assim como nós não falamos dos maridos, mas da regra do que
temos como interessante em tal quesito. Sem dar “nome aos bois”, ok?!
O mesmo quando o assunto é o seu estimado órgão do
prazer, para ser menos vulgar, em que pese esse assunto não seja dos mais
“politizados”. Mas, como estou em guerra contra a hipocrisia, me obrigo a falar
dele, enfim, o fato é que, quanto maior tal “peça” do seu corpo for, melhor
para nós.
Sabe quando uma mulher deixa de dar atenção ao
tamanho? Quando ela é interesseira e o sujeito é rico ou quando ela se apaixona
antes de transar, simples. Portanto, se você não é dos mais abastados
fisicamente tem duas soluções: ganhar muito dinheiro ou ser um “amor de
querido” para conquistar a dama, daí, aposto, ela nem vai dar bola para o seu
desprivilegio físico. E, claro, há de ser carinhoso, safado, há de se pensar
mais nela do que em você, capiche!? Mas esse conselho vale para todos,
inclusive para os mais “bem servidos”.
Sabe essa coisa de ostentação? Sabe o sujeito que
compra carro caro, que só gosta de sair com mulher “exibível”, do tipo boazuda
mesmo que quase acéfala? Ou aquele que adora fazer festa, pagar tudo, mostrar
aos quatro ventos que tem grana? Ou aquele que até dieta faz? Que malha
compulsivamente? Pois é, dizem as más línguas femininas que isso é indicio de
órgão sexual pequeno.
Para ser sincera, não posso falar destes tipos
catedraticamente, nem de perto, mas existe certo sentido nisso tudo. A
autoestima masculina é extremamente ligada ao seu órgão sexual. O sujeito bem
resolvido, de regra, é bem “servido” e, também, bom de cama.
O cara menos feliz com o órgão que tem costuma ser
mais inseguro, costuma ser mais reprimido, e, consequentemente, às vezes nem
faz por compensar a ausência de tamanho na cama, mas compensa fora dela, com
romantismo, corpo sarado e luxo. Todavia, em relação aos obcecados por beleza,
digo o seguinte: não adianta ser atraente, dar tesão na mulher e não realiza-la
na hora “h”.
Gente que, além de
complexada é ruim de cama, adora dizer que “sexo não é tudo”. Como se a gente não
soubesse disso! Todavia, meu caro, mulher decente, sequer vai transar com o
cara e ter tesão nele se não tiver com ele alguma cumplicidade, diálogo e uma
dose salutar de amizade. Todo mundo sabe que sexo não é tudo, mas, depois de
transar ele é sim, muito, muito importante. Sumamente importante!
Sabe qual é a causa dos sujeitos desabastados e
ruins de cama se acharem? É essa mulherada desavergonhada que finge ter
orgasmo, que finge que o cara é o gás da Coca-Cola, só porque quer namorar,
porque quer casar com um sujeito rico ou quer exibir o bonitão para as amigas
ou para o ex-namorado bem “servido”. Porque não vale muito, enfim.
Mulher que presta é segura de si. Física, emocional
e sexualmente, logo, quando gosta, gosta, não finge. Quando gosta o cara
percebe, não precisa gritar, elogiar ou nada assim. Diálogos sacanas na hora
“h” são instigantes, são excitantes, mas gritaria sem sensação é coisa de puta,
sinto lhe dizer.
Abre o olho, meu amigo! Mulher não é santinha não,
só quando quer, quando se faz. Ou pode ser extremamente correta, mas só no
aspecto moral, não no sexual, para dizer pouco. Decência a gente tem da porta
do quarto pra fora. Mulher saudável gosta, literalmente, da “coisa”, se a sua
não gosta ou ela tem problemas psicológicos e hormonais ou o problema dela é
você.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 06 de setembro de 2014.