O poder e a inteligência.
Dinheiro e beleza conquistam poder. As portas se
abrem para quem os possuí. Todavia, eles não conquistam liberdade de espírito.
Só a inteligência emocional torna o ser humano verdadeiramente livre, dono das
suas escolhas e independente da opinião dos outros.
Dinheiro lhe tira de casa, quiçá do País, mas não
lhe tira da própria mente e das amarras de concepções frágeis, tacanhas e
tolas. Beleza e simpatia, aliadas também abrem muitas portas e oportunidade,
mas não lhe levam a lugar algum se você não fechar a porta e mostrar a que veio
quando ela se fecha.
Poder é muito, mas ser inteligente é mais, muito
mais. Gente de mentalidade tosca, linda ou rica, não vence seus próprios
instintos, não supera a si própria e nem consegue fazer a limonada dos limões.
Dinheiro você herda, inteligência e liberdade de espírito se conquista no
próprio exercício. Quem viver, verá!
Existe muita gente linda e tola. Linda e hipócrita,
linda e escrava de tudo o que a mídia impõe. Linda e viciada em dieta, linda
que quando vai a um bar não come nada e não também não bebe para não sair da
dieta.
Linda que o último livro que leu foi “Cinquenta
tons de cinza”, porque a Revista Nova indicou. Linda que não consegue entender
silogismo, linda que acha que usar a beleza para casar com homem rico é o ápice
de sucesso que conseguiu na vida. Linda que fica com alguém por dinheiro, não por
amor.
Linda que não tem senso de humor, linda que só sabe
falar de músculos, proteína, corpo, dieta e tratamentos estéticos para manter a
beleza incólume. Intocável. E, intelectualmente, se torna intocável mesmo:
repele qualquer ser pensante, repele qualquer pensamento que vá além da análise
da superfície. Profundo? Profundo na visão dela é o mar.
Da mesma forma, existe muita gente que herda milhões
e se escraviza. Escraviza-se à opinião da sociedade, se escraviza aos anseios
dos sócios, se escraviza as anseios dos pais, de quem tudo ganhou.
Existe muita gente que tem poder aquisitivo, mas não
se manda, não se rege e perde a autonomia sobre si próprio justamente pela
grana que possui. Gente que não exercita o pensar “além”, gente que não vai
além da hipocrisia, além da necessidade de interpretar um papel.
Quando você tem um intelecto privilegiado, mais,
quando você tem experiência de vida, você adquire poder de mandar em si mesmo,
de ignorar o que lhe avilta a paz e a felicidade, de dizer o que pensa e sente e
ser responsável pelo que fala. Quando você é uma pessoa inteligente, dinheiro e
beleza não lhe encantam se por trás da matéria, não existir uma mente ativa e
um espirito bondoso.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 09 de setembro de 2014.
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